Parobé investe 1,9 milhão na compra de vagas por ano

Prefeitura mantém convênio com sete escolas privadas no município Foto: Matheus de Oliveira

Parobé – Conseguir atender a demanda de vagas nas escolas de educação infantil é um dos grandes desafios das administrações municipais. Raras são as cidades que conseguem zerar essa fila, pois a cada mês, surgem novas solicitações. Em Parobé, além das escolas que pertencem ao município, a prefeitura optou por realizar convênio com escolas da rede privada e, assim, com a compra de vaga, o problema é minimizado.

 

Segundo o secretário de Educação, Glauco Everton Tasso, que está à frente da pasta desde abril, por mês, são custeadas 383 vagas em sete escolas conveniadas: Escola Anjinho Arteiro, Escola Chapeuzinho Vermelho, Escola Criança Feliz, Escola Doce Infância, Escola Estrelinha, Escola Maçã do Amor e Escola Pequeno Príncipe. O investimento feito para a compra de vagas é de R$ 430,00 mensais por aluno conveniado, ou seja, R$ 164.690,00 por mês. O montante anual chega a R$ 1,9 milhão. Além disso, nas escolas de educação infantil do município, são absorvidas 1.143 crianças de 0 a 3 anos. De 4 e 5 anos, são atendidas mais 1.345.

 

O secretário Glauco ressalta que desde o início da pandemia, quando as unidades foram fechadas, a prefeitura segue pagando um valor para auxiliar as escolas privadas. “Em acordo com as sete escolas, passamos a pagar 25% do valor mensal para auxiliar as unidades privadas nos seus gastos fixos”, conta ele. A iniciativa de apoio tem sido utilizada em outras cidades, afim de conseguir com que as escolas mantenham as contas em dia e possam retornar assim que possível.

 

Secretário projeta ampliar duas escolas e, assim, abrir mais vagas pelo município

Uma receita mais rápida para diminuir um pouco mais a fila de espera, segundo o secretário Glauco, é a ampliação de escolas existentes. “Para criarmos novas vagas, nossas projeções enquanto Secretaria de Educação e Prefeitura é a ampliação das unidades”. A ideia inicial é ampliar a EMEI Algodão Doce, do bairro Nova Parobé, com três novas salas, e realizar a troca de telhado em duas salas da EMEI Azaleia, no Centro, possibilitando o uso das mesmas. Atualmente, a fila de espera está em 332 crianças. “Estamos há poucos meses na gestão, mas projetamos essas ampliações, pois sabemos da necessidade de abrir vagas e conseguir atender o maior número possível de crianças”.

Solicitações ao Governo Federal

O convênio adotado com as escolas privadas já existe há mais tempo em Parobé e “nós daremos continuidade até porque não se tem outra forma no momento devido à falta de prédio próprio”, disse o secretário Glauco. No entanto, além do convênio e ampliação de pelo menos duas unidades do município, a prefeitura já está se mobilizando para tentar nova construção junto ao Governo Federal. Para isso, estão sendo encaminhadas as demandas e toda a realidade do município quanto à educação infantil. “Com relação a solicitação ao Governo Federal, o município de Parobé tem feito pela outra gestão e reforçado por nós, sabendo da importância de se conseguir construções de novas EMEIs. Estamos no aguardo de um retorno desses empenhos”

Luta por vagas é desafio

O modo de conseguir vagas tem sido diferente em cada município. Com falta de prédio próprio para acomodar a demanda, além da compra de vagas, como está ocorrendo em Parobé, há cidades que optam por alugueis de prédios (ou casas) ou até mesmo a criação de uma fundação assistencial para a administração da educação infantil. Em todas as cidades é uma luta constante o atendimento às crianças menores de quatro anos, seja com estrutura física ou quatro de professores.