A Escola do Calçado do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) recebe jovens aprendizes oriundos de uma responsabilidade que as empresas precisam cumprir perante a lei, conforme o número de funcionários que emprega. “Por exemplo: a cada 100 funcionários, é necessário ter um jovem aprendiz”, explica o diretor do Departamento de Indústria e Comércio, Gustavo da Rosa.
Em função do expressivo número de jovens que precisa receber, a Piccadilly, que tem uma filial na cidade, criou e inaugurou em dezembro de 2021 o próprio espaço, denominado de Escola de Jovens Talentos Renato Klein. “Na época foi investido cerca de R$ 1 milhão aqui”, conta Gustavo da Rosa.
O local foi estruturado dentro das dependências da empresa e conta com um amplo espaço para as aulas teóricas, além de máquinas em que os alunos podem desenvolver suas habilidades.
Como o projeto acontece
Outro setor parceiro da Escola do Calçado é a Educação. A proposta do projeto dentro da Piccadilly é apresentada em escolas do município, convidando alunos a participar. “Esta parceria acontece de uma maneira que a secretaria, juntamente com os colaboradores da empresa, vão para as escolas e conversam com os alunos, dando essa oportunidade de vir para este projeto, partir dos 14 anos, sendo meio turno de trabalho e meio turno estudando”, disse a secretária de Educação, Simone Tadiotto.
Na Piccadilly, no total, são 88 jovens aprendizes de Rolante e de municípios vizinhos, sendo 35 da rede municipal e 33 do ensino médio.
Parceria que dá certo na cidade há anos
Só em Rolante são cerca de oito empresas que participam do projeto, que é uma parceria da Administração, – que mantém o espaço da Escola do Calçado na cidade – o Senai, a secretaria municipal de Turismo, Desenvolvimento Econômico e Cultura e a Educação. Desde o início da iniciativa, 502 alunos finalizaram o curso.
Experiência quase completa
Ainda que a jornada de trabalho dos jovens não seja integral, a oportunidade dentro da Piccadilly proporciona uma experiência quase completa, pois os alunos conhecem todos os processos da produção de calçado, aproveitam do benefício da cesta básica, recebem auxílio financeiro e os que necessitam ganham almoço no refeitório da fábrica.