Para menos acidentes na 239, prefeitos pedem duplicação e mais sinalização

Necessidade de continuar a duplicação na rodovia é consenso entre os gestores. Foto: Matheus de Oliveira

Região – A RS-239 já contabiliza 16 vítimas fatais em acidentes pela região em 2021. Com o calendário marcando 16 semanas no ano até agora, é como se uma pessoa tivesse morrido a cada sete dias. O número assusta e tem sido assunto em reuniões entre prefeitos da região.

Na última semana, a Associação dos Municípios do Vale do Paranhana (Ampara) decidiu elaborar um documento com as pautas prioritárias para reduzir os índices e apresentar ao Estado, para que tome medidas. As demandas serão apresentadas ao secretário estadual de Transportes, Juvir Costella, em reunião marcada para esta semana.

Para a prefeita de Taquara, Sirlei Silveira, há necessidade de reinstalação das lombadas eletrônicas na altura do quilômetro 51, entre os bairros Ronda e Morro do Leôncio, com velocidade máxima de 50 km/h. “A recolocação destas lombadas naquele mesmo ponto é necessária em razão da intensa circulação de veículos e pedestres atravessando a rodovia, para estimular a redução da velocidade”, diz.

A prefeita também pontua que é preciso construir uma passarela entre os bairros Ideal e Medianeira, no trecho recentemente duplicado — demanda que já gerou protestos dos moradores, mas não foi atendida pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).

Em Parobé, prefeito avalia que não há necessidade de construir novas passarelas de travessia
Além disso, para Diego Picucha um dos principais pontos é a conclusão da duplicação da rodovia até a RS-474, em Rolante. Picucha, também presidente da Ampara, observa que existem pontos a melhorar estruturalmente, acrescentando que “com certeza, a imprudência e o excesso de velocidade por parte dos motoristas contribuem em muito para o número elevado de acidentes na rodovia”.

Outro ponto frisado é a sinalização e limpeza da via, melhorias de acessos e investimentos na pavimentação do trecho entre Riozinho e Maquiné.

Trecho em Riozinho requer atenção
O prefeito de Riozinho, Marquinhos, contesta a falta de cuidados do Estado no trecho da rodovia entre o município e Maquiné. “Parece que a EGR tem compromisso com a 239 só até a zona urbana de Riozinho”, fala. Segundo ele, a autarquia não presta nenhum tipo de manutenção na estrada, ficando a cargo das cidades. “São 35 quilômetros sem asfalto e sem os cuidados por parte do Estado. Temos que roçar, fazer melhorias, patrolamento pra não deixar o pessoal de lá sem trânsito.”

O prefeito Pedro Rippel, de Rolante, endossa a solicitação de Marquinhos, acrescentando que o trecho apresenta más condições. Rippel aponta a necessidade de revisar alguns trechos. Ele exemplifica com a saída da RS-115 na RS-239, em Taquara, onde é preciso atravessar duas pistas para retornar a Taquara ou ir sentido Rolante. “Se vê que é um perigo constante”. O pior trecho, segundo ele, é em Araricá, no sentido Sapiranga – Parobé, e a solução apontada é a criação de um viaduto para acabar com a necessidade de atravessar as duas pistas para fazer retornos.

Apesar dos apontamentos, o prefeito entende que os acidentes estão relacionados mais com a imprudência dos condutores do que com a falta de estrutura da rodovia.