Olhar para o rio em Parobé: alunos iniciam monitoramento da água

Estudantes no primeiro dia de atividades (Fotos: Melissa Costa)

Parobé – Um importante trabalho é realizado pela escola municipal Padre Afonso Kist, na localidade de Santa Cristina do Pinhal, em Parobé. Alunos dos 6º e 7º anos iniciaram na semana passada o monitoramento das águas do Rio do Sinos. O trabalho é uma parceria com o Instituto Gaia Guria e visa saber realmente como está a condição da água e também desenvolver ações de educação ambiental com alunos e comunidade.

A professora e referência de educação ambiental em Parobé, Sabrina Amaral, explica a importância da ação. “A nossa principal intenção com essa proposta no distrito de Santa Cristina é voltada para a conexão com nossas águas. O município de Parobé apresenta mais de 28 arroios, corpos hídricos, dois rios passando pelo seu território, e nós entendemos que quanto maior a conexão da sua população, entendendo seus corpos hídricos, e a nossa de uma ação consciente, de cuidado com a questão ambiental, melhor será esse relacionamento da comunidade e suas águas”. Além da escola Padre Afonso, que fará o monitoramento da parte do Sinos, outra instituição será definida para a mesma ação no Rio Paranhana. O monitoramento consiste na ida até o rio para a coleta e avaliação visual, realização dos testes, lançar dados no site do instituto e promover ações com base nos dados. São feitas análises de fosfato, turbidez, PH, nitrato, coliforme fecal e oxigênio.

Consciência da comunidade

A diretora Maria Cleni Sarmento conta que devido a proximidade da escola com o rio, o tema sempre esteve em evidência com os estudantes. A pandemia da Covid-19, no entanto, impediu os trabalhos na área, mas agora eles estão sendo retomados. “Nossa escola está localizada em um lugar privilegiado. Ela é pertinho do rio, que tem uma importância enorme em Parobé. Com essa proximidade, a gente precisa valorizar muito mais o rio. Até ano de 2019, a gente sempre trabalhou muito o rio, mas com a questão da pandemia, tivemos que dar uma parada, mas estamos retomando agora. Sabemos que vai ser muito importante para nossa escola, para comunidade nossa daqui”.

Além dos alunos, que estarão aprendendo sobre a situação do rio, as professoras acreditam que o conhecimento também será levado para as casas e, por consequência, à comunidade. “Tudo que eles (alunos) tomarem conhecimento no projeto, será passado adiante. Durante o trabalho, que se estenderá por bastante tempo, os alunos e a comunidade também irão aprender mais sobre conscientização”, disse a professora Sabrina. Na primeira aula, os alunos foram desafiados e já realizaram os primeiros testes. “Daqui um ano, vai ser interessante a comparação. Daí teremos um dado real, vamos saber com exatidão como estão as condições das nossas águas”, completou Sabrina.