Oktoberfest de Igrejinha: Quem faz a festa acontecer

Além de mobilizar milhares de visitantes, a Oktoberfest de Igrejinha é conhecida e reconhecida pelo seu título de maior festa comunitária do Brasil.
Feita por 3 mil voluntários que vivem o clima do evento durante 365 dias no ano, são eles que, junto com as atrações, abrilhantam a festa pelo seu comprometimento com tudo o que envolve a preparação para os dias mais alegres do ano. E as motivações para justificar essa dedicação são inúmeras: influência dos pais, amor pelo voluntariado e amor pelas origens.
Como uma forma de evidenciar esse trabalho e reconhecer histórias que se confundem com a da maioria dos voluntários, o Grupo Repercussão conversou com o casal Jeniffer Schuch e Jeferson Greiner, que há quase uma década fazem do Parque de Eventos Almiro Grings uma extensão de sua casa em épocas de festa; Caroline Schuck, que foi candidata a soberana e vive a festa sob forte influência do seu amor pela cidade que reside desde que nasceu; e Elisa Cristina Scheffer Pires, que desde 2001 trabalha na bilheteria do evento, realizando um desejo que idealizou quando ainda era apenas uma criança encantada com a festa.

Jeniffer e Jeferson

O casal trabalha contribuindo com o Centro de Tradições Gaúchas Os Tauras da Colina e cita o amor pela tradição como uma de suas inspirações. “Fomos convidados pelo CTG onde somos dançarinos a ajudar na ‘casinha’ de alimentação que eles têm no parque. Quando recebemos o convite, ficamos muito felizes, pois desde criança temos um amor muito grande pela tradição, ainda mais por sermos de descendentes de alemães”, afirmou Jennifer.
Deixar o legado do voluntariado é uma vontade de Jeniffer e Jeferson, como afirma a voluntária. “Com certeza, pois é algo que está na nossa família desde sempre”, pontuou.

Caroline Schuck

Caroline Thais Schuck tem 21 anos e vai para a sua segunda oktober como voluntária. Ainda que seja um ambiente recente, sem hesitar, a igrejinhense afirma que a paixão pela cidade tem influência na sua vida de voluntária. “Acredito que nascer aqui e ter sido criada nessa cidade que tanto se orgulha em ser berço da maior festa comunitária do Brasil tem a sua parcela de influência, pois desde pequena eu presencio em todas as edições da festa, o tema escolhido para a 33ª edição, de que fazer o bem faz bem. Nós vemos nos voluntários o orgulho e a paixão de ser voluntário, de fazer o bem e de ajudar o próximo e isso motiva também outros a querer fazer parte disso”, comentou.

Elisa Scheffer Pires

 Aos 40 anos, a voluntária relembra a razão que impulsionou o início da caminhada como voluntária. “A motivação é familiar, minha mãe sempre foi voluntária pelas escolas que trabalhou, veio de casa o gosto por fazer o bem, além disso eu me criei dentro da Oktoberfest, desde criança, desde as primeiras festas, eu sempre estive presente, desfilei pelas escolas que estudei e vivo a alegria da oktober desde a infância. Então, ser voluntária da festa é quase uma consequência de toda a minha história”, contou.
Questionada sobre o que representa fazer parte dessa grande família, Elisa pontua: “Para mim estar entre este número é repetir todos os anos, como é satisfatório ter crescido em um ambiente de comunidade, como foi importante ter sido incentivada a voluntariar e como isso mudou a minha vida, como transformou a maneira de fazer o bem, perceber que a comunidade e a região crescem a cada ano”, enfatizou.