As discussões iniciadas referente a expansão da linha atual do Trensurb para as demais cidades do Vale dos Sinos e Vale do Paranhana até Taquara seguem gerando articulações em diferentes frentes.
Presidente da Frente Parlamentar criada na Assembleia Legislativa para debater o tema, o deputado Issur Koch (Progressistas) conversou com Fernando Marroni, presidente da Trensurb, na última semana e recebeu algumas informações importantes referente ao estudo feito pela estatal, ainda em 2014, para aumentar a cobertura ferroviária da região. Na época, o estudo de expansão foi realizado até Sapiranga. O sistema atual de trilhos, conforme o estudo, é inviável para a demanda projetada e a alternativa seria a expansão através dos Veículos Leves sobre Trilhos, o VLT. Nessa projeção realizada nove anos atrás, seriam 16,5 km de traçado, com 16 estações.
Em 2015, a projeção apontava um aporte financeiro de R$ 1,150 bilhões para a implantação do sistema, incluindo as desapropriações necessárias. O mesmo estudo apontou que, em 2045, caso implantado, o VLT transportaria 25 mil passageiros por dia.
Momento é o ideal para tratar do assunto
Cidades se movimentando
A expansão do trem também mobiliza as cidades da região. Um Comitê Regional Popular Pró-Extensão da Trensurb para o Vale do Sinos e Vale do Paranhana também está discutindo o assunto. Uma audiência pública foi realizada dias atrás em Sapiranga e a Comissão Especial de Mobilidade Urbana da Câmara de Vereadores de Campo Bom realiza audiência em 14 de dezembro para tratar do assunto. O encontro ocorre no plenário do Legislativo, às 18h30.
A possível expansão do trem também é vista com expectativa pela Associação dos Municípios do Vale Germânico (AMVAG), que contempla Campo Bom, Sapiranga, Araricá e Nova Hartz. “A evolução do metrô para outras regiões é uma necessidade e um projeto que impulsiona cidades e integra regiões. Com ele, todos ganham e nosso Estado caminha para um complexo de transporte que iguala grandes capitais e cidades do mundo. Esperamos que ele seja uma novidade concreta, o mais breve possível”, enfatiza Diego Francisco, prefeito de Estância Velha e presidente da AMVAG.
Autoridades comentam
Há todas as condições neste momento (de se desenvolver o projeto), porque não precisa desapropriar muita coisa. A RS-239 é um exemplo claro disso. Usamos o leito praticamente da 239. Se esperarmos décadas, teremos que desapropriar uma série de propriedades e se torna inviável”. – Delmar Backes, diretor-geral da Faccat