Obras da Corsan em Parobé, para tratar esgoto lançado no Rio Paranhana, ficaram na promessa

Canos para futuras obras estão há anos jogados em um terreno baldio no bairro Funil, em Parobé Fotos: Fábio Machado

Parobé – Um material informativo distribuído pela Corsan, em 2013, por todo o município trouxe à tona um debate que estava de certa forma esquecido: a necessidade da Corsan investir em tratamento de esgoto para reduzir a carga de poluentes despejados, diretamente, no Rio Paranhana, e consequentemente, no Rio dos Sinos.
Recentemente o vereador, Moacir Jagucheski, do PPS, lembrou que a concessão assinada entre a Prefeitura e a Corsan, por 20 anos, previa investimentos no saneamento. “Em 2013, a Corsan se comprometeu a investir R$ 42.000.000,00 no município. Tenho comigo um panfleto da Corsan que comprova isso. Porém, estamos há sete anos esperando por essas intervenções que nunca aconteceram”, cobrou o vereador. Moacir demonstrou ainda frustração ao perceber, que em municípios onde o serviço de água é municipalizado, as coisas acontecem e estão funcionando.
No final de 2013, a Corsan divulgou amplamente, um contrato de R$ 1 bilhão entre a estatal, o Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal através do antigo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) II e que se transformou em bandeira dos governos petistas para capilarizar obras pelo interior do país.

Material distribuído pela Corsan sobre Parobé

Bacia do Sinos e Gravataí

Na época, a presidente era Dilma Rousseff, o governador do Estado era Tarso Genro e o diretor-presidente da Corsan era, Tarcísio Zimmermann, ex-prefeito de Novo Hamburgo. Naquela época, Tarcísio disse: ““A maior parte dos recursos está sendo destinado para as cidades da Bacia do Rio dos Sinos e Rio Gravataí, o que representa uma população estimada em 2,5 milhões de habitantes”, declarou. A meta da Corsan era elevar o percentual de tratamento de esgoto no estado de 15% para 40%. Outro município contemplado no mesmo pacote foi Taquara, mas os projetos sequer saíram do papel.

O que a Corsan explicou sobre os projetos de Parobé

Meio ambiente

A Secretaria do Meio Ambiente informou que o tema é importante, e no momento, o foco é a revisão do Plano Municipal de Saneamento, que precisa de uma audiência pública, para ainda este ano, ter a sua finalização concluída, e o projeto final, aprovado pela Câmara de Vereadores.
Sobre a implantação do projeto de tratamento de esgoto, a secretaria explicou que o projeto não foi implantado, pela Corsan, por problemas financeiros da própria companhia.

Plano de Saneamento prevê regras

Uma das possíveis exigências que o novo Plano Municipal de Saneamento apresente na sua nova formatação recai sobre a necessidade da limpeza e manutenção das fossas e filtros de todas as construções (comerciais, industriais e residênciais). A proposta ainda está em debate, mas a ideia é que essa indicação conste no plano. Antes, o tema será discutido em audiência pública com data, horário e local a serem definidos.
Um dos problemas detectados pela equipe da Secretaria de Meio Ambiente que desenvolve o plano é que a maioria da população brasileira, instala a fossa e o filtro em seus imóveis e ficam mais de dez anos, em alguns casos, sem limpar as estruturas. Uma pesquisa on-line sobre esse e outros assuntos podem ser acessada no link: https://forms.gle/TK5BFCJPx3CEyd8J8