O balcão de negócios que impulsiona a agricultura e o turismo de Rolante

Casa da Colônia, no Centro de Rolante. Foto: Matheus de Oliveira

Rolante – Basta ficar alguns minutos no local para ouvir dos moradores que chegam para fazer compras elogios ao novo espaço. Com ar moderno e sem deixar de lado sua essência, a Casa da Colônia de Rolante inaugurou recentemente um novo ambiente.

Vinhos, geléias, biscoitos, artesanato e cucas são alguns dos produtos encontrados para venda, todos feitos pelas mãos de rolantenses. O local funciona como balcão de negócios dos produtores rurais do município desde 2005, e ao longo dos 16 anos de atividades tornou-se também um centro de informações turísticas. “Agora com esse espaço a gente consegue atender melhor e com essa ambientação diferente, mais moderna mas mantendo o colonial, os produtos acabam ficando em destaque”, diz a coordenadora do espaço, Rosane Spindler.

O investimento realizado para a ambientação deste espaço foi feito com recursos próprios da Associação da Casa da Colônia, gerado pela comissão de 10% que os produtores deixam a cada venda. O dinheiro da comissão fica para manutenção, limpeza, pequenos consertos e investimentos de melhoria e infraestrutura. Os custos com luz, água, telefone e funcionários que fazem o atendimento são pagos pela Prefeitura.

Dez anos de história
Presidente do grupo de artesãos da Casa da Colônia, João Albano Schaefer comercializa seus produtos no local há uma década. Aos 64 anos, sua principal fonte de renda é o artesanato em madeira e ele atribui grande parte de suas vendas à Casa da Colônia. “Foi uma grande coisa para nós aquele espaço novo”, valoriza, acrescentando que espera vender ainda mais agora que o local foi repaginado. Sua residência fica às margens da RS-239, e muitos turistas que vão à Rolante acabam passando pelo local. “As pessoas chegam lá e a Rosane me indica”, explica o artesão, que também disponibiliza produtos na casa.

Suporte técnico e incentivo à produção e diversificação
Desde sua fundação, a Casa da Colônia e os produtores associados contam com suporte técnico da Emater, tanto nas atividades do dia a dia quanto nos projetos desenvolvidos. “A gente faz trabalho com a família e incentiva desde a parte da produção até a diversificação, visando que eles tenham mais opção de geração de renda”, diz Janelise Wastowski, chefe do escritório da Emater no município.

Ela ressalta que o local é uma política pública de incentivo que aproxima o produtor do consumidor final, como uma grande vitrine no centro da cidade. “Também serve como agência de negócios. Se, por exemplo, alguém quer comprar vinhos ou massas em maior quantidade, a casa liga para o produtor e faz o intermédio, coloca em contato direto”, frisa.

Uma das novidades a serem implementadas é uma cozinha colonial para receber turistas e promover degustações na casa. Atualmente já existe um espaço com mesas, fogão à lenha, café e chá de cortesia, mas a ideia é ampliar. “Recebemos turistas de várias cidades, estados e até de outros países. Nosso sonho é ter este cantinho porque quando estamos fazendo atendimento muitas vezes não conseguimos dar a atenção devida”, observa Rosane, coordenadora da casa.