Multas aplicadas em força-tarefa em Rolante serão convertidas em cestas básicas

Ação de fiscalização foi realizada na madrugada do dia 5 de junho. Foto: Prefeitura de Rolante

Rolante – As multas aplicadas a um grupo de 62 pessoas no início de junho, em uma força-tarefa que combatia aglomerações no município, terão seus valores convertidos em cestas básicas para famílias carentes de Rolante. A iniciativa da Prefeitura se dá em função da grande demanda na área.

A expectativa do Executivo é de arrecadar cerca de R$ 5.400,00 com o pagamento das penalidades. “A gente achou por bem usar esse recurso em compra de cestas básicas e distribuir para famílias carentes”, contextualiza o prefeito Pedro Rippel. Conforme a Assistência Social, a média neste ano tem sido de 90 cestas distribuídas a cada mês.

“O pessoal não estava usando máscara. Antes disso a gente vinha fazendo apelos por rádios e redes sociais, mas não houve o entendimento então tivemos que tomar uma atitude mais forte e fazer esse combate com a Polícia Civil, Brigada Militar e fiscais do município. A gente realmente multou esse pessoal todo, pois não estavam levando a sério a situação”, relembra o prefeito.

A força-tarefa foi realizada na madrugada do dia 5 de junho, na Rua Bernardo Henrique Bohlke Filho. Durante a operação, 22 menores foram apreendidos e encaminhados à delegacia de polícia local. Também foram confeccionados dois Termos Circunstanciados por posse de entorpecentes e mais 47 pessoas foram encaminhadas ao Juizado Especial Criminal, além de terem sido todos autuados em função da aglomeração e pela falta de uso de máscaras de proteção.

Vandalismo e lixo espalhado pelas ruas eram problema

Além do desrespeito às regras de distanciamento, outro problema enfrentado com as constantes festas clandestinas era a depredação das fachadas do comércio e das placas de sinalização. Nos dias seguintes às algazarras, o que se via pelo chão era uma grande quantidade de garrafas quebradas e lixo em frente aos estabelecimentos e pelas calçadas.

“Tem uma casa onde são feitos atendimentos à noite, mas tem um limite de ocupação dentro do local, então o pessoal se aglomerava na rua e ficava com bebidas. Numa noite tinha mais de 200 pessoas, então foi feita essa ação. Depois, melhorou nesse sentido”, conta a primeira-dama e secretária de Assistência Social, Alzira Rippel.

Demanda por cestas básicas

A secretária ressalta que a pandemia atingiu a fonte de renda de muitas pessoas, e que isso aumentou a procura pelos serviços de assistência. “Muitas pessoas ficaram desempregadas, pequenos comércios fecharam, então essa ideia vem em boa hora”, frisa. E foi a partir da alta demanda que se pensou em direcionar os recursos para a compra de cestas básicas. “Talvez até mesmo aqueles que pagaram vão ter as famílias ajudadas”, conclui Alzira.