Moradores reclamam de acúmulo de água em rua do bairro Vila Nova, em Três Coroas

Em dia ensolarado, reportagem foi ao local e encontrou água acumulada. Foto: Matheus de Oliveira

Três Coroas – Faça chuva ou faça sol, os moradores do loteamento Vista Alegre, no bairro Garibaldi, precisam enfrentar um inconveniente na hora de se deslocar pelas ruas David Breyer e Afonso Masiero, na divisa entre Igrejinha e Três Coroas. Um grande lodo formado pelo acúmulo de água na esquina das duas vias acaba invadindo a pista, dificultando a locomoção para quem passa a pé, de moto ou bicicleta.

Embora as residências fiquem no lado de Igrejinha, o problema ocorre dentro da área de Três Coroas, no bairro Vila Nova, e em dias de chuva ultrapassa o limite entre os municípios. E tudo é causado pela falta de um sistema de escoamento adequado no local. “No lado de Três Coroas não tem nada de rede de esgoto naquele ponto. Antes a água caía em uma vala do terreno, mas ele foi aterrado e agora ficou assim”, reclama Adir Santos, de 45 anos, que reside próximo ao local.

O morador conta que em ocasiões de enchente, a falta de escoamento faz com que a água chegue na altura da cintura e invada as casas próximas. “O único cano de esgoto é na entrada da rua. Precisava colocar uma boca de lobo e encanamento no restante dela”, cobra. Ele mostrou à reportagem conversas em que aponta o problema para a Secretaria de Obras de Três Coroas, mas não obteve resposta

Procurada no início da semana, a pasta informou que não tinha conhecimento do problema. Nesta sexta-feira (18), por meio de assessoria de imprensa, a Prefeitura fez contato e informou que “o prefeito Alcindo de Azevedo foi pessoalmente verificar a situação e estão sendo tomadas as devidas providências, inclusive foi encaminhado uma carga de aterro para o local. Dependemos das situações climáticas, mas assim que possível o engenheiro da Prefeitura irá ao local fazer uma análise técnica para solucionar o problema o mais breve possível.”

Problema de seis meses
Em chuvas de maiores proporções, a primeira a ser afetada é Jussara da Silva, de 51 anos. “Antes a água que vinha lá da outra vila tinha para onde escorrer e não atingia tanto a gente. Agora ela não tem pra onde ir e qualquer chuvinha que dá vai por cima da rua”, relata. O problema começou há cerca de seis meses, quando o terreno que antes possuía uma valeta foi aterrado pelo proprietário. Outro morador das redondezas, Carlos Renato, de 27 anos, acrescenta: “é uma coisa tão simples, porque mais pra frente já tem uma boca de lobo. Era só abrir e continuar.”

Saúde pública
Jussara relembra que não é só um problema de ter invasão de água ou não, mas envolve a saúde pública. “O pessoal por vezes joga lixo ali. E também tem a questão da dengue. Aqui, graças a Deus, ainda não começou, mas por aí já tem gente morrendo pela doença.”

A moradora tem sua casa na esquina da rua David Breyer há 21 anos e diz não ter bens em boas condições devido ao problema contínuo com água no local. “Outros moradores já até estão construindo na parte de cima de casa para morar por causa disso. Já tentei ter brique de móveis, fazer um monte de coisas mas não dá pra ter nada, tu nunca sabe quando vai vir a água.”