Morador de Igrejinha escala o monte mais alto da África e projeta outras seis viagens

Seis dias. Esse foi o tempo necessário para que o morador de Igrejinha, Guilherme Winter, completasse o percurso até a montanha mais alta da África: o monte Kilimanjaro.

Em viagem realizada no fim do ano passado, o aventureiro deu início a um projeto cujo objetivo é escalar as sete mais altas montanhas do mundo, iniciativa até então inédita para os lados do Vale do Paranhana.

Apaixonado por viagens e pelas famosas treckkings, Winter é um viajante assumido e começou a amadurecer a ideia inspirado na iniciativa Seven Summits, que propõe o desafio das maiores montanhas para esportistas do mundo todo.

Na lista estão o Monte Kilimanjaro, já concluído e que também carrega o título de montanha isolada mais alta do mundo; Elbrus, a maior da Europa; Aconcágua, na Argentina; Vinson, na Antártida; Carstensz, na Oceania; Denali, na América do Norte; e por fim, Everest, na Ásia. “Pretendo fazer uma por ano. Por aspectos técnicos, acredito que vou precisar alterar o meu planejamento inicial com relação à próxima, a Elbrus”, relata. “Essa vou ter que fazer em um período em que aqui é inverno e lá vai ser verão, porque é impossível fazer a subida no frio”, explica.

Aos 30 anos, Guilherme conta que ainda que quisesse, não conseguiria explica a sensação de conseguir chegar ao topo do monte Kilimanjaro em sua primeira grande experiência diante das inúmeras situações adversas que enfrentou. “Escolhi a trilha mais difícil para chegar até o cume, mas nós fomos dividindo o trajeto, acampando no caminho, andando para fazer a aclimatação, mas a gente teve uma surpresa: pegamos um vendaval muito forte e quando estávamos subindo pegamos uma nevasca. Então, diante de tudo o que envolveu a subida, a hora que avistei o topo, que percebi que não tinha maiores desafios para chegar… é uma coisa inacreditável”, descreve o aventureiro.

“Cheguei a cogitar que eu pudesse não sobreviver”, revela Guilherme

Questionado sobre os perigos do montanhismo e sobre o medo que a prática pode causar, Guilherme responde sem titubear. “Em determinado momento que eu estava subindo, não estava mais conseguindo respirar e nem raciocinar, cheguei a cogitar que eu pudesse não sobreviver, mas foi a hora que decidi parar, respirei, voltou a minha sanidade e eu pensei que estava lá para alcançar o topo, lembrando dos vários exemplos que já conseguiram e reafirmando o meu propósito para chegar. E subi. No quinto dia de viagem, consegui alcançar o cume”, relembra.

Acompanhamento

Para suportar os desafios de uma escalada, Guilherme conta que faz trekkings mensalmente, pelo menos uma vez por mês, já para se preparar. “É com mochila pesada nas costas. Saímos para trilhas grandes, de 50/60 km e vamos caminhar, para praticar bastante. Também faço atividades todos os dias no Estúdio Funcional, aqui em Igrejinha, em um programa especializado, através de exercícios que simulam a escalada, o peso da mochila nas costas e entre outras necessidades”, conta.

Tudo sobre o projeto

Tendo o Seven Summits como referência, Guilherme criou o The Winter’s Window, que tem uma página no Instagram, onde ele abastece com curiosidades e novidades sobre o projeto. Além disso, tem tudo da primeira viagem registrado. Ficou curioso para conhecer mais? Acesse a página clicando aqui.