Após o governador do Rio Grande do Sul instituir protocolos da bandeira preta em todo o Estado, a fim de conter o avanço do coronavírus, um dos assuntos que virou pauta na região foi a cobrança do estacionamento rotativo.
Em Parobé, a questão foi amplamente debatida nas redes sociais através de publicações questionando a legitimidade da cobrança, o que motivou um pedido de cancelamento do serviço protocolado na Câmara de Vereadores pelo emedebista Adriano Azeredo.
Contudo, em contato com o Governo do Estado, a reportagem do Grupo Repercussão obteve a informação de que o funcionamento do serviço está liberado, conforme disposto no decreto Nº 55.789, que altera o decreto 55.764 e autoriza a atividade. Entretanto, o Governo deixa claro que não é um serviço considerado essencial, apenas foi liberado pelo pleno funcionamento da sociedade, levando em conta que podem existir estacionamentos próximos a serviço públicos, hospitais e etc.
Diretor de trânsito justifica a permanência do serviço e salienta que prefeitura está atenta
Sérgio Ademir Corrêa, diretor do Departamento de Trânsito do município, explica que o número de funcionários foi reduzido na intenção de diminuir a circulação de pessoas, mas que a cobrança foi mantida para evitar aglomerações desnecessárias no Centro da cidade. “Mantivemos a cobrança até para inibir as aglomerações. Reduz bastante, porque tem muita gente que se tiver tudo livre encosta o carro em volta da praça, mesmo com ela isolada, e aglomera”, conta Corrêa.
O diretor afirma que hoje não se trabalha com a possibilidade de suspensão, entretanto, ele está acompanhando o cenário e em contato direto com o prefeito e “se agravar a situação nós vamos suspender, a qualquer instante”, disse.
Em respeito aos comércios
O pedido de cancelamento da cobrança foi protocolado na sexta-feira (05). Conforme o vereador Adriano Azeredo, a solicitação foi registrada em respeito aos comércios da cidade, que estão fechados devido às restrições. “Os estabelecimentos estão com as suas portas fechadas, num momento de pandemia, de crise, quando todos estão perdendo. Acreditamos que também por esse respeito aos comerciantes, o estacionamento deveria parar nesse momento. Suspender”, pontua Azeredo. Além disso, o vereador também manifesta preocupação com a exposição dos trabalhadores da empresa que realiza o serviço.
Elário Janh, outro vereador do MDB de Parobé, também protocolou um requerimento para o cancelamento do serviço. O pedido de Jahn, porém, abrange ainda a bandeira vermelha. Ou seja, enquanto essas bandeiras estiverem em vigência, o parlamentar solicita a paralisação da cobrança.