Máscaras e higienização de aparelhos agora são parte da rotina em academias

Entre outros cuidados, uso de máscara se tornou obrigatório durante os treinos.

Região – As regras sanitárias decretadas pelo poder público a fim de diminuir as chances de contágio pelo novo coronavírus afetam todos os setores da sociedade. Desde atividades essenciais à vida até serviços menos requisitados, a norma é distanciamento, barreiras físicas e constante higienização.
Longe de um consenso sobre sua real necessidade, as academias têm permissão para funcionar no Vale do Paranhana, desde que observadas as normas sanitárias. Proprietário e professor na Sport Center, em Igrejinha, Fernando Bender explica alguns cuidados que foram adotados: “Estamos evitando aglomerações, seguindo as normas relativas à quantidade de pessoas que podem estar no prédio. Estipulamos um limite de 15 alunos no mesmo horário e também estamos pedindo que os treinos não ultrapassem 45 minutos”. Além disso, o profissional formado em Educação Física conta que pessoas sem máscara não podem treinar nem acessar o prédio. “Também pedimos ao pessoal para que higienizem com álcool os aparelhos após o uso”, complementa.

Bandeira amarela e academias

As academias de ginástica têm autorização para funcionar em todas as cidades do Paranhana. Isso porque a região de Taquara está na bandeira amarela, a mais branda em relação às outras, o que indica alta capacidade do sistema de saúde em relação ao coronavírus e baixa propagação da doença. Este protocolo de controle é atualizado semanalmente, aos sábados, pelo governo do Estado, e varia entre bandeira amarela, laranja, vermelha e preta, sendo a última a mais grave. O funcionamento de cada setor está condicionado à categoria em que está enquadrada sua região.

Mais distância entre equipamentos

Outra ação de prevenção adotada pela academia em Igrejinha é a melhor distribuição dos equipamentos, deixando maiores espaços entre eles. O que configura a maior dificuldade nessa nova rotina é o uso de máscara durante os exercícios. “Algumas vezes temos que chamar a atenção do pessoal. Alguns alunos ficaram bem insatisfeitos em ter que usar”, diz Fernando Bender.

Em Taquara, a Equipe de Personal Janaína também implantou adaptações. Além dos cuidados com a higiene, o proprietário Everson Jacometo afirma que os alunos com mais idade foram instruídos a ficar em casa. “Estamos fazendo nossa parte”, conclui. “Precisamos nos adequar ao que foi indicado para continuar trabalhando”, define.

Medidas de precaução são justas

Fernando Bender conta que muitos alunos foram perdidos neste período de pandemia. “Algumas pessoas não renovaram o contrato por terem perdido o emprego, mas acredito que 70% não renovam pelo medo da doença”, pontua. “Acho que as medidas de precaução têm sido justas. Embora se tenha muita discussão sobre isso, eu considero a nossa área essencial. Não só pela questão da saúde, mas também pelo psicológico das pessoas, que estando aqui dentro acabam ficando mais animadas e dispostas”, ressalta.