Mais de mil crianças são atendidas mensalmente em oficinas esportivas vinculadas ao Cras de Taquara

Oficinas ocorrem também nas quadras do Parque do Trabalhador Foto: Magda Rabie/Prefeitura de Taquara

Por Prefeitura de Taquara

 

Tirar as crianças da rua, proporcionar momentos de integração, mais esporte e menos ociosidade são alguns dos objetivos do projeto promovido pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras), vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Cidadania que disponibiliza a mais de 1000 crianças e adolescentes, entre 6 e 14 anos, oficinas socioeducativas de esportes em diversos bairros de Taquara.

 

São três braços de trabalho que integrados disponibilizam este atendimento no Município, no contra turno escolar: o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), a União Taquarense de Futsal e a Ong Vida Breve. São oferecidas oficinas de atletismo, vôlei, basquete, handebol e futebol. Os alunos recebem lanches e suporte de assistentes sociais e psicólogos do Cras. Atualmente há grupos em funcionamento nos bairros Empresa, Recreio, Santa Maria, Mundo Novo, Santa Teresinha e Eldorado.

 

“Desde o início do governo, vínhamos buscando formas de oferecer atividades para alunos de 6 a 14 anos fora do horário escolar, para tirá-los das ruas ou de ficarem sozinhas em casa. No ano passado, começamos os trabalhos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo. Hoje, são atendidos aproximadamente 210 crianças e adolescentes, mas este número chegará a 280. Atendemos também 215 alunos entre masculino e feminino em atividades esportivas no sábado o dia inteiro através de parceria com a União Taquarense de Futsal. Somando isto ao convênio que ampliamos com a ONG Vida Breve, chegamos a 1.000 crianças atendidas em atividades fora da escola”, comemora a prefeita Sirlei Silveira.

 

O diretor de Proteção Social Básica, assistente social Gabriel Juan Weber Felimberti, salienta que o objetivo do serviço é complementar o trabalho realizado pelas assistentes sociais, psicólogos e pedagogos, focando especialmente no fortalecimento dos laços familiares e comunitários. “Por meio de abordagens preventivas, o serviço busca promover a permanência no sistema educacional e incentivar a participação em atividades comunitárias. As atividades são cuidadosamente planejadas, levando em consideração três eixos fundamentais: convivência social, direito de ser e participação social. Mesmo ao realizar atividades esportivas, esses temas são abordados de maneira integrada durante as aulas em nossos pontos de oferta do serviço”, observa Gabriel.

 

Esporte, saúde e novas amizades integram as oficinas

 

Para o educador social, Bruno Muller Marques, as oficinas possibilitam que as crianças tenham um convívio saudável com outras crianças através do esporte. “Hoje em dia as crianças e os adolescentes ficam muito tempo em casa usando celulares e não tem uma recreação, possibilitar isso a eles é essencial pra vida, pois aprendem comportamentos, fazem amizades, a coordenação corporal melhora, socializam, convivem de forma saudável”, destaca Bruno.

 

Geovane Lunardi também é educador social das oficinas do Cras. “Trabalhamos cada mês um esporte diferente envolvendo muitas modalidades, pois cada criança e adolescente se destaca mais num ou outro esporte, assim todos têm a oportunidade de mostrar o seu talento e aprender mais. Ter o esporte disponível e acessível desta forma é muito importante para fazer que criem hábitos que vão só auxiliá-los tanto na saúde como na vida em sociedade. Além de que trabalhar com eles é muito bom, criamos laços e as famílias nos mandam mensagens de agradecimento falando sobre a evolução que estão percebendo em seus filhos. Isso é muito satisfatório”, revela Geovane.

 

Estudante do Ciep, Ruan Victor Linden, tem 8 anos, e participa semanalmente das oficinas promovidas no bairro Empresa. “Gosto muito de futebol e basquete. É muito legal vir pra cá, faço bastante amizades e aprendo a jogar melhor. Antes eu acordava muito tarde e agora acordo cedo pra vir jogar”, conta Ruan. Com ele também participa Luan Oliveira da Silva, de 8 anos. “Também gosto de jogar futebol e também de atletismo, e é mais legal vir pra cá do que ficar em casa. Aqui tem muitas brincadeiras e o professor é muito legal”, comenta Luan.

 

Joaquim dos Santos Barros, 10 anos, estuda na Escola Breno Ritter, participa das oficinas no bairro Empresa. “Gosto de futebol e handebol e aqui eu treino muito, faço novas amizades, tenho mais segurança do que na rua e também ganhamos lanches”. Para Felipe Cauê Carvalho Carrão, 9 anos, fazer amizade é uma das coisas que o motiva. “Desde o ano passado participo e adoro tudo, jogar futebol, vôlei, basquete, atletismo, mas o mais legal é que sempre faço novas amizades”, revela Felipe.

 

Como participar?

 

As famílias precisam ter Cadastro Único e serem acompanhadas pelo Cras. Os grupos são formados em função das necessidades observadas pelas técnicas, porém, o cidadão interessado pode solicitar acompanhamento pelo Cras e caso possua os critérios requisitados poderá participar dos grupos. As inscrições podem ser feitas no Cras, na Rua Guilherme Lahm, 947, de segunda à quinta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h e nas sextas-feiras, das 7h30 às 13h30.