Lazer em meio à natureza de Riozinho

Um dos espaços próprios para banho nos condutos. Foto: Matheus de Oliveira

Riozinho – Seja para fugir do calorão ou para ter a experiência de estar cercado pela natureza, quem procura por ar puro, sombra e água fresca encontra em Riozinho uma gama de opções. As variedades passam por cascatas, balneários e piscinas naturais. Agora com o departamento de Turismo em atividade, a prefeitura projeta ações para atrair turistas.

O cartão postal da cidade é a Cascata do Chuvisqueiro, mas as possibilidades vão muito além. “Existem cerca de 17 cascatas no município. Algumas ainda nem têm nome, mas estamos trabalhando nisso”, diz o secretário de Turismo Émerson Barnart. A maioria dos locais não conta com acesso facilitado, mas isso também está nos planos de Barnart. “O município não incentivava e tinha pouco planejamento no turismo. É sobre isso que estamos trabalhando nesses primeiros 45 dias”, relata.

O intuito é fazer um catálogo com fotos e informações sobre todos os locais para que os próximos passos sejam definidos. “O turismo aqui envolve nossos atrativos naturais. Temos inúmeras cascatas bonitas, com água própria para banho que dá até para tomar”, ressalta o secretário.

Parque Municipal do Conduto também é opção
Fundado em 1945, o chamado “conduto” também é opção de lazer em meio à natureza.Situado na área central da cidade, o parque de 1,8 quilômetro de extensão conta com pequenas cachoeiras (foto central) e piscinas naturais propícias para banho formadas por pequenas barragens, além de oferecer espaço para quem quiser acampar. Para aproveitar o que há de melhor, o visitante terá de molhar o pé na travessia dos arroios e percorrer trilhas — todas abertas e de fácil utilização. Rapel também é uma opção. Uma pousada próxima oferece refeições e chuveiro para banho. A entrada é gratuita.

“A função do aqueduto era levar água da base até o centro, onde tem uma moageira. O pessoal usava para fazer farinha e também gerava luz. Foi um dos primeiros pontos de luz do município”, contextualiza o secretário. O atrativo integra o patrimônio histórico e arquitetônico do município.

Igualmente à Cascata do Chuvisqueiro, o parque também é conhecido e atrai público, principalmente aos finais de semana. A diretora municipal de Turismo, Zenaide Souza Machado, destaca que Riozinho tem ainda outras belezas naturais a serem exploradas. “Tem muitos outros lugares legais, tanto de cachoeiras como balneários e parte cultural. Estamos catalogando tudo para tentar outro rumo. Potencial a gente tem”, enfatiza Zenaide.

Cascatas ainda têm difícil acesso
Algumas cascatas têm acessos que impõem desafios aos visitantes. Um exemplo é a da Linha 5. O secretário Émerson Barnart esteve recentemente no local para fazer reconhecimento, e diz que “passamos dificuldade até chegar lá, então é uma cascata mais focada para atletas e pessoas mais acostumadas com trilhas fechadas”.

Há outras opções para quem não quiser passar trabalho. “Temos a Cascata das Três Quedas, com uma trilha que pode ser acessada a partir do Chuvisqueiro; e também a Cascata do Paredão, que fica a 10 quilômetros do centro da cidade”, elenca Barnart. O turista pode conhecer ainda a Cascata da Linha 7 e Cascata do Quebra Cabo, cada uma com sua beleza singular em meio à exuberância da natureza.

Ações projetadas para desenvolver o turismo
Após o levantamento das informações sobre os pontos que podem receber visitantes, a etapa a ser concluída é a de instalação de placas para sinalizar os caminhos. O secretário também revela a ideia de usar a estrutura do novo pórtico em construção, previsto para ser entregue ainda em fevereiro, para uma central de atendimento, com roteiros para os turistas. “A gente quer ter estrutura para todo público. Para o cara que quiser fazer rapel no Chuvisqueiro, para quem vir com seu grupo andar de bicicleta na cidade, ou pra quem quer fazer trilha de moto ou jipe. A gente quer incentivar tudo isso e, de forma consciente, também limitar a questão do lixo nesses locais, pensando no meio ambiente”, conclui Barnart.

Além do turismo de natureza, a diretora Zenaide Souza Machado vê potencial no turismo rural. Ela explica a diferença: “No ecoturismo a pessoa vai para contemplar a paisagem, ver as cascatas, tomar banho. Já o rural é onde a pessoa vai ter a vivência da vida no campo. Vai ir em um sítio ver como é tirado leite, vai passear a cavalo, ver o processo de como é feito um queijo ou uma linguiça”, distingue. Conforme Zenaide, várias propriedades têm condições de oferecer esse tipo de serviço. “A gente quer entrar em contato com essas famílias pra ver se eles querem investir. Também vamos dar ideias. Isso tem muito potencial e as pessoas adoram. Imagina as crianças das grandes cidades, algumas acham que o leite vem da caixinha e ir lá olhar alguém tirar da vaca vai ser muito diferente. Esse tipo de turismo também é uma tendência”, avalia a diretora.