Imigração alemã: trabalho e família

Igrejinha Mãe Santíssima, no Alles Blau Shopping a Céu Aberto, construída de forma lúdica. Foto: Matheus de Oliveira

Igrejinha – A história das famílias imigrantes e seu empenho para o desenvolvimento tem grande importância na história de Igrejinha. O historiador Gabriel O. Wilbert de Bortoli conta um pouco sobre a vinda dessas famílias para a região.

A área que atualmente pertence ao município de Igrejinha era parte da Fazenda Mundo Novo, criada em 1813, quando Antonio Borges de Almeida Liaens recebeu do governo português as terras e a permissão para colonizá-las. Com sua morte, a Fazenda Mundo Novo foi vendida a Tristão José Monteiro e Jorge Eggers. Já em 1846, Tristão comprou a parte que pertencia a Eggers e iniciou a colonização na região. Vieram famílias da Colônia de São Leopoldo e da Alemanha. Dois censos realizados pelo médico Johann Daniel Traugott Hillebrand e pelo próprio Tristão elencam famílias e a importância de suas ocupações dentro da colônia.

Famílias e ocupações

Segundo os censos, as primeiras famílias a se instalarem na região foram: Geiss, Fischer, Krummenauer, Ritter, Müller, Schirmer, Kellermann, Kirsch, Flesch, Sohne, Schwartz, Klein, Heidrich, Becker, Schäfer, Koch, Bayer, Koetz, Lahm, Watenpuhl, Ludwig, Petry, Pohlmann, Huf, Krupp, Petzinger, Schilling, Dienstmann, Rodenbusch, Jung, Stein, Hecksel, Blum, Kampf, Lauffer, Schuck, Keller, Fuchs, Zorn, Döring, Haubert, Renck, Wallauer, Ebling, Hoffmann, Kuhn, Fleck, entre outros.

O trabalho foi algo que sempre esteve presente na vida dos imigrantes que chegaram à região. Entre as primeiras famílias haviam marceneiros, pedreiros, ferreiros, alfaiates, lenhadores, negociantes, sapateiros, tecelões, padeiros, curtidores, senhores de engenho, mas a principal ocupação era a agricultura. Cultivava-se alimentos como: arroz, feijão, batata, aipim, frutas e hortaliças. A criação de animais também era praticada na região.