Por Diego Land
Igrejinha – Os emaranhados de cabos e fios que se cruzam entre postes, levando e trazendo energia, internet, TV e outros serviços, estão por toda parte. Muitas vezes, na frente da fachada de um prédio histórico, outrora ofuscando uma bela paisagem, ou então enroscados nos galhos de alguma árvore.
Sim, foi-se o tempo em que olhávamos para o céu e víamos apenas os fios de luz nos postes. Com a maior acessibilidade às linhas telefônicas e o avanço da internet, aumentou consideravelmente a quantidade de fios nos postes públicos de energia elétrica. Cada provedora tem a sua rede própria e elas são muitas.
A sua necessidade e importância é quase unânime e não se discute, mas o desconforto estético e visual é evidente, assim como alguns transtornos, e isso, sim, merece discussão e uma análise mais profunda.
Não é nenhuma novidade que, em Igrejinha, assim como em todo Brasil, a maior porcentagem da rede de cabeamento é aérea. Essa é uma opção que até pode ser mais barata, mas é evidente que não é a mais adequada.
Uma alternativa que cada vez mais vem conquistando adeptos em todo mundo é o cabeamento terrestre (subterrâneo).
Recentemente, a operadora TIM solicitou à prefeitura de Igrejinha uma autorização para fazer novos cabeamentos aéreos de fiação de telefonia fibra óptica, mas o Executivo Municipal indeferiu o pedido, sugerido que a instalação fosse subterrânea. A empresa aceitou o pedido e o processo está sendo executado conforme a sugestão.
CABEAMENTO SUBTERRÂNEO
O cabeamento subterrâneo é um tipo de intervenção urbanística, em que os cabos de transmissão são todos colocados em vias subterrâneas, assim como é feito com as redes de água, esgoto e gás. Uma localidade que possui fiação subterrânea apresenta um ambiente urbano mais limpo, visualmente organizado, e estimula a permanência de pessoas no espaço público. A rede subterrânea torna as ruas mais agradáveis, aumentando o potencial para renovar essas áreas e favorecer residentes, comércio e turismo.
APÓS INDEFERIMENTO, PROJETO TEVE QUE SER AJUSTADO
Conforme o secretário municipal de Planejamento e Meio Ambiente, Sandro Klein, depois do indeferimento, a operadora TIM aceitou a sugestão da prefeitura e ajustou o seu projeto de cabeamento de fibra óptica em Igrejinha.
“A empresa, de fato, aceitou a nossa sugestão. Eles estão utilizando um equipamento que perfura embaixo do solo, sem a necessidade de abrir uma valeta. A gente só vê uns pontos nas esquinas, onde eles fazem as caixas de passagem. Ele vai abrindo e puxando os cabos”, explica Klein.
De acordo com o secretário, desde que o projeto começou a ser executado em Igrejinha, o método não registrou nenhum tipo de transtorno ou problema nas vias públicas.