Na última semana, foram concluídas em Igrejinha a execução dos reforços nas estruturas de duas passarelas que interligam os bairros e ficam sobre o Rio Paranhana.
Iniciados em fevereiro, os muros de gabião foram construídos para garantir a segurança dos moradores que fazem uso das pontes localizadas no bairro Moinho, que dão acesso aos bairros Figueira e Garibaldi.
De acordo com a coordenadora da Defesa Civil de Igrejinha, Alessandra Azambuja, foram constatadas que ambas as fundações ficaram comprometidas e expostas após o transbordamento do rio, no dia 7 de julho de 2020.
Desde então, além do auxílio prestado para os moradores das áreas mais afetadas, a prefeitura iniciou um trabalho de identificação de pontos que ficaram comprometidos e identificou-se a necessidade das intervenções.
Após um longo trabalho da Administração na captação dos recursos, foram investidos R$ 305.007,28, oriundos do ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), por meio da secretaria nacional de Defesa Civil.
Administração ressalta a necessidade das intervenções e fala sobre novo muro
Leandro Horlle, prefeito de Igrejinha, reforça a importância das intervenções e revela que o município está trabalhando para construir um terceiro muro. “Estas primeiras duas já realizadas eram vitais, pois estavam comprometendo dois eixos de travessias sobre o rio. A estrutura delas estavam comprometidas”, explica. “Essa outra que será executada será aqui na ponte do Centro (atrás do Boticário), porque os prédios que estão próximos às margens estão ficando comprometidos. Então, ali também é muito importante para manter a integridade dessas estruturas que estão começando a ceder em função da erosão às margens do Rio Paranhana”, finaliza o chefe do Executivo. Diferente dos dois muros já construídos, o terceiro será financiado com recursos municipais, contudo, ainda não há data prevista para início.
O que são os muros de gabião?
Por mais que o nome técnico utilizado para este tipo de estrutura não pareça familiar, estes muros podem ser visualizados em cidades serranas, onde são utilizados como uma espécie de contenção em áreas que necessitam deste suporte. “São muros feitos com pedra marroada ou rachão. São construídos em gaiolas de tela e seguem uma normativa da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)”, contextualiza. “É uma gaiola de tela preenchida manualmente com a pedra marroada. Ali ela vai formar um paredão de 5m65 de altura, deixando o local bem protegido”, explica Alessandra.
Conforme a coordenadora da Defesa Civil de Igrejinha, na travessia do bairro Moinho ao Garibaldi, o muro possui 24,00m. Já na estrutura do Moinho ao Figueira, a intervenção será de 26,00m.
Na época do transbordamento do rio, foram registrados 124,6 mm de chuva em 24 horas. Diversos bairros foram atingidos e aproximadamente 50 famílias tiveram que ser retiradas de suas residências.