Igrejinha efetua a retirada de sedimentos do Rio Paranhana

Foto: Weslei Fillmann

Por Weslei Fillmann

O trabalho de desassoreamento do Rio Paranhana vem sendo realizado em Igrejinha desde 2013. Na época, era alta a incidência de enchentes pelo município, devido ao acumulo de cascalhos no leito do rio, formando “ilhas” de pedras e reduzindo o espaço de escoamento das águas.

 

Para que a intervenção da Defesa Civil, em conjunto com a Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, além da Secretaria de Obras, seja o menos invasiva possível ao leito natural do Rio, é feito um estudo técnico para identificar o melhor lugar de acesso, reduzindo o impacto na vegetação natural. Após adentrar, a rota é mantida permanentemente e é realizado o plantio de grama para recuperar, em parte, o estado anterior.

É possível manter os mesmos locais de intervenção devido a sinuosidade do rio, pois são neles que os detritos se acumulam de maneira mais intensa. Isso ocorre também pois o Rio Paranhana é de corredeira, gerando o rolamento de detritos no fundo das águas.

As obras são sempre realizadas quando o leito está mais baixo. O foco é, até abril, a prevenção e mitigação de desastres. No período do outono, as chuvas tendem a ser mais intensas. Esse material que é removido do rio não é descartado. Os cascalhos retirados são utilizados para a realização de obras públicas, como a plaina de um terreno para futura utilização da Prefeitura.

O impacto para a população é sentido desde o início das ações, há quase uma década

Desde o início dos trabalhos, em 2013, o número de enchentes diminui drasticamente em Igrejinha. Usando como exemplo o bairro Vila Nova, que possui geografia plana, com pouca variação de altitude, a última enchente registrada foi em 2016, quando houve um impacto financeiro maior para os moradores daquela região. Essa situação era bastante ocorrente, quase todo o ano, antes das primeiras intervenções no rio. Alessandra Azambuja, da Defesa Civil, comenta que, somente nos decks, entre o bairro 15 de Novembro e o bairro Centro, foram retirados 5.600m³ de sedimentos do Rio Paranhana.

Trabalho de Igrejinha em equipe

Alessandra Azambuja, coordenadora da Defesa Civil. “Realizamos o desassoreamento em diversos locais, como no bairro Garibaldi, no Balneário Rincão e atrás do parque da Oktoberfest, na Avenida Independência”.

 

Jeferson Corá, secertário de Planejamento e Meio Ambiente. “A parceria entre as Secretarias de Planejamento e Meio Ambiente e de Obras, junto com a Defesa Civil, busca reduzir os impactos para a população”.

 

Valdecir Schroer, secretário de Obras. “Mais de 2 mil cargas de cascalho foram retiradas do Rio Paranhana desde o início do ano. Além disso, está sendo feita a limpeza dos arroios, devido a incidência do mosquito Aedes Aegypti”.

 

Igrejinha, Três Coroas, Parobé e Taquara em conjunto

Não é somente Igrejinha que fica responsável pela manutenção do leito do Rio Paranhana. De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Três Coroas, Augusto Dreher, está sendo feito o desassoreamento dos afluentes que deságuam no leito do rio. Após esse primeiro procedimento, os esforços são voltados para o local principal.

Em Taquara e Parobé, houve a assinatura de um convênio, em fevereiro, para a realização conjunta de ações no leito do Rio Paranhana. Para que as atividades sejam iniciadas, é necessário a aprovação dos projetos por ambas Câmaras de Vereadores. Caso aprovados, os trabalhos devem ser iniciados no dia 16 de março.

De acordo com uma nota, emitida pelas prefeituras, a medida busca desobstruir a passagem da água do rio, para dar maior segurança para os moradores da região, no bairro Santa Maria, para a ponte que liga as duas cidades, e reduzir o risco de inundações naquela área.