Igrejinha conta com Centro de Referência do Espectro Autista

Foto: Weslei Fillmann

Por Weslei Fillmann

Igrejinha foi selecionada para integrar o programa estadual TEAcolhe, voltado a dar mais atenção para as crianças diagnosticadas com autismo. Para isso, a cidade vai possuir um Centro Regional de Referência em Transtorno do Espectro Autista, que servirá como base para os municípios que compõem a 6ª Região do Rio Grande do Sul (municípios do Vale do Paranhana, São Francisco e Cambará).

 

Adriana Trindade, psicóloga e coordenadora do C.R.R, e o secretário de Saúde de Igrejinha, Vinicio Wallauer, elaboraram um projeto entregue ao governo, o qual foi aprovado. Neste plano, deveriam ser descritos os profissionais que vão fazer o atendimento no centro de referência, que deve passar a funcionar em fevereiro de 2022 no prédio do CAPS, no bairro Figueiras.

O Centro de Referência deve atender apenas os casos de autismo moderado, severo e refratário, que vão e voltam. Adriana, no entanto, ressalta que o centro não vai ser um lugar de atendimento contínuo, mas, sim, de referência, com profissionais especializados.

 

Orientações e identificações

Parte do que vai ser feito no centro consiste em trabalhos em grupo e uma “acolhida” aos pais, para ajudar quando houver o diagnóstico de autismo no filho e ensinar a como ajudar a criança. A ideia, para Adriana, é juntar o trabalho realizado no centro com a vivência em casa. Em Igrejinha, de acordo com dados dos serviços de neuropediatria e da Apae, são 49 crianças que apresentam a condição de saúde. A identificação do autismo deve ser feita o mais breve possível, para que a criança cresça e desenvolva a capacidade de relacionar-se com as outras pessoas.

Adriana comenta que: “tu tens uma equipe multidisciplinar que vai trabalhar nos sintomas da criança. Uma criança que não fala vai ser atendida por uma fonoaudióloga, para desenvolver a questão da linguagem. Uma criança com problemas de socialização vai ser trabalhada por uma psicóloga. E a terapeuta ocupacional ajuda a criança que, com certa idade, não consegue se alimentar sozinha”.