Hospital de Parobé realiza mais uma captação de órgãos

Foto: Renata H. Ghiggi/Relações Públicas

Por Renata H. Ghiggi/Relações Públicas

O HSFA realizou na madrugada do dia 05 mais uma captação de órgão para transplante. O primeiro procedimento aconteceu no início do ano.

O diagnóstico  de morte encefálica (ME) foi realizado pela equipe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HSFA, coordenada pela médica Dra. Caroline Salim Boneberg, com o apoio da OPO 1 (Organização de Procura de Órgãos), que apoia os hospitais e se reporta à Central de Transplantes. Após o diagnóstico médico de ME, foram realizados três testes por médicos diferentes, sendo dois testes clínicos e o terceiro de imagem do cérebro, sendo este último, realizado pela equipe da OPO, não deixando dúvidas. O procedimento de captação dos órgãos foi realizado no Centro Cirúrgico do HSFA, pela equipe transplantadora da Santa Casa de Misericórdia, de Porto Alegre.

Em setembro deste ano, com o tema “Amor para superar, amor para recomeçar”, o Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos e Tecidos de 2022. O Brasil é o segundo país do mundo que mais realiza transplantes, que é garantido a toda a população por meio do SUS. Em 2021, foram feitos cerca de 23,5 mil procedimentos, desse total, cerca de 4,8 mil foram transplantes de rim, 2 mil de fígado, 334 de coração e 84 de pulmão, entre outros. O país tem mais de 600 hospitais de transplantes autorizados. Cada estado tem uma Central de Transplantes, porém com uma lista única. Quando há um doador, a Central de Transplantes roda a lista pra ver quem está à espera daquele órgão.

A doação atendeu ao desejo da família, que transformou a dor da perda em esperança para outras pessoas. Conforme o filho do paciente, Joel Francisco Lauxen, que se diz grato pela oportunidade, é muito importante a doação de órgãos e a família espera que a ação transmita esse sentimento de gratidão. ‘Nem sempre o ciclo da vida se encerra’, declara Joel. A ex-companheira, Terezinha Klein Francisco, diz que a doação é muito importante e que não termina a vida de um se pode continuar a vida de outro. Ela ainda lembra que Joel sempre disse que queria ser doador.

Para que todo o processo tivesse sucesso, a atuação rápida da equipe da UTI do HSFA após o diagnóstico do paciente foi muito importante para a concretização do processo.
Segundo o médico intensivista, Dr. Alexandre Farret Junior, que acompanhou o protocolo de ME, “o ato de doar órgãos se constitui um direito da família de todos os pacientes que estão em morte encefálica. Lembrando, que este tipo de morte é raro e ocorre em apenas 1% do total de óbitos no Brasil. Sentimos muito pela perda da família do paciente, porém, vemos nisso um ato de empatia para com o próximo, ao permitir que uma vida já encerrada possa salvar outras 8 vidas”.
De acordo com a Lei 9.434/1997, conhecida como “lei dos transplantes”, a doação de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, depende da autorização da família, nesse contexto, reforçamos a importância de informar e conscientizar a população e sensibilizar os familiares para que digam sim à doação de órgãos e tecidos, “Doe órgãos, doe vida. Avise sua família”.

Que saber mais sobre transplantes? Acesse AQUI a Cartilha do Doador.