História de Igrejinha se confunde com a da Piccadilly

Igrejinha-  Com 65 anos de atuação na cidade, é difícil separar a história do município de Igrejinha e da marca Piccadilly. A fabricante de calçados femininos iniciou as atividades em 1955, com Almiro Grings e seus sócios Evaldo Armindo Klein e Alfredo Marmitt. Na época, eram produzidos 12 pares por dia. Em 1958, a pequena fábrica viraria oficialmente uma marca, com o nome inspirado na Piccadilly Circus, um dos principais pontos turísticos de Londres, foi uma sugestão de um cliente.
Nos anos 70, foi a vez da segunda geração entrar nos negócios com Adair Grings, Tiburcio Grings e Paulo Eloi Grings, os três filhos de Almiro e Erna Grings. Depois disso, as coleções tiveram ainda mais sucesso, levando à expansão da fábrica em Igrejinha e a criação de novas unidades. A cada coleção o sucesso em vendas aumentava e, em 1986, ocorreu a primeira exportação da marca para a Inglaterra.
Pesquisas mercadológicas mostram que 95% das empresas familiares são extintas ou sofrem rupturas nos processos de sucessões. A Piccadilly faz parte dos outros 5%. A empresa não só resistiu a mudança para a segunda geração, como se manteve ainda mais forte na transição para a terceira geração, a partir dos anos 90, com o ingresso de Marlon Almiro Grings, Josué Leandro Kunst, Michel Guto Grings, Micheline Grings Twigger, Ana Clara Grings Tomazi e três mulheres que, mais tarde, estariam à frente dos negócios: Cristine Grings Nogueira , Ana Carolina Grings e Ana Paula Grings.
As mudanças renovaram processos e confirmaram a empresa como uma das maiores do segmento calçadista no Brasil e no mundo. Hoje, a marca possui unidades fabris em três cidades e tem mais de 1.500 colaboradores diretos. Os 12 pares produzidos por Almiro Grings, nos anos 50, se transformaram em até 20 mil diários , 35% deles exportados para mais de 90 países.

 

Mulheres são maioria entre os colaboradores

A Piccadilly é uma marca voltada para as mulheres, buscando entender suas necessidades e sempre prezando pela igualdade. No âmbito corporativo não poderia ser diferente: as colaboradoras ganham o mesmo espaço que os homens em diferentes cargos e setores, seja na produção ou no administrativo. A liderança masculina teve uma grande contribuição para o crescimento da empresa, sua expansão e boa gestão. Ela foi responsável por várias conquistas e deixou um legado de determinação e coragem para as mulheres. Hoje elas formam 60% da empresa, um diferencial no setor calçadista.
Atualmente, Cristine Grings Nogueira, Ana Carolina Grings e Ana Paula Grings, que são da 3° geração dos gestores, estão à frente do negócio. Gerentes e coordenadoras também orientam equipes numerosas e criam projetos bem sucedidos. Para fortalecer a liderança feminina, também foi criado o ‘Inspira Piccadilly’. Um projeto que busca encorajar outras mulheres por meio de um bate-papo leve, que permite a troca de experiências.
Em 2017, a Piccadilly passou por um reposicionamento de marca. Com novo logo, identidade visual e verbal, seu propósito passou a ser “revelar a verdadeira mulher”, em prol da causa do encorajamento feminino.
A Piccadilly ainda tem uma grande preocupação com o bem estar da comunidade da região. Durante este período de pandemia, foram realizadas doações para a Fundação Hospitalar de Rolante e também de máscaras para os profissionais da educação de Taquara.
A população igrejinhense também já conhece a marca pelas várias ações no município, que é onde fica o coração da empresa. A empresa é uma das apoiadoras da Fundação Tênis, que promove o desenvolvimento de crianças e adolescentes carentes e é patrocinadora da Oktoberfest, uma festa de caráter solidário, que distribui os recursos arrecadados para as entidades da região e é um símbolo da cidade.

 

Fotos: Divulgação