Gestão de Sirlei diz que terá de iniciar do zero a busca por uma solução para o prédio da UPA

Vegetação alta toma conta de todo o terreno. Foto: Matheus de Oliveira

Taquara – Com as obras paradas desde 2016, o prédio da UPA de Taquara segue com seu destino indefinido. As últimas informações davam conta de que um novo projeto de utilização da estrutura aguardava o aval do governo federal para ser colocado em prática, mas a história ganhou novos contornos.

De acordo com o secretário de Planejamento, Luciano Campana, não há documentos encaminhados a Brasília. “Buscando informações junto ao corpo técnico que permanece na Secretaria de Planejamento, apurou-se que inexiste qualquer projeto de captação de recursos junto ao governo federal para a retomada do prédio da UPA”, informa.

A exemplo do que acontece em Parobé, onde um Centro de Especialidades funciona na estrutura da UPA, Taquara também teria buscado adequar a funcionalidade do prédio. Sem o registro de nenhum procedimento neste sentido, o secretário diz que “vamos ter que sair do zero.”

A exposição inadequada ao tempo já causa danos visíveis à estrutura, que apresenta infiltrações, danos no reboco e apodrecimento dos madeiramentos do telhado. Além disso, o entorno da construção está tomado por lixos e vegetação alta. “A atual administração tem o interesse de enfrentar a situação, pois foram investidos, aproximadamente, R$ 2 milhões de recursos públicos que não podem ser desperdiçados. Atualmente, é indispensável buscar junto ao governo federal uma solução para que aquele imóvel tenha a sua obra concluída o mais rápido possível. Quanto mais o tempo passar, mais caro irá ficar”, diz o secretário.

Vereador sugere limpeza
Quem visitou recentemente a obra foi o presidente da Câmara de Vereadores, Adalberto Soares (PP). O parlamentar lamenta a situação da estrutura e diz que o Legislativo se movimenta no sentido de pedir informações para a nova administração municipal. “Não queremos fazer crítica, mas sim um alerta, porque a população nos cobra e a obra não pode ficar parada”, enfatiza. Além de pedido de informações, o presidente solicitou a limpeza do terreno.

A Secretaria de Planejamento informa que não há como mensurar a porcentagem de conclusão da obra, pois houve grande depredação desde a paralisação dos serviços.

Estimativa de mais de R$1.6 mi
Embora tenha a intenção de utilizar o espaço para aprimorar o atendimento de saúde do município, a prefeitura não tem um projeto definido de quais serviços serão oferecidos. Para conclusão da obra, há uma estimativa milionária: mais de R$ 1.6 milhão devem ser empregados. “Apurou-se que houve, no ano de 2018, a contratação da empresa OWS Construtora LTDA., para estimar o valor para a conclusão da obra. Esse valor foi atualizado pelos servidores da Secretaria no ano de 2020. Embora a planilha aponte, aproximadamente, R$ 1.600.000,00, há evidências de que este valor supere esta estimativa, pois a planilha contempla etapas que não foram concluídas na obra, como por exemplo a quantidade de reboco”, avalia Campana.

Diante deste cenário, o secretário prefere não fazer previsões sobre quando os trabalhos devem ser retomados na obra, mas garante que “a administração da prefeita Sirlei irá intensificar esforços na busca de uma solução célere.”