Três Coroas – Ainda não há definição sobre as próximas ações que serão executadas junto à Barragem das Laranjeiras, situada perto da divisa entre Três Coroas e Canela. A CEEE, que é responsável pela gestão do espaço, informa que equipes técnicas trabalham para fazer um diagnóstico da real situação da estrutura.
A manutenção preventiva começou a ser executada no fim de agosto, após um vazamento ter sido identificado. Na última semana, o reservatório de água foi esvaziado para que sejam feitos os estudos. “Um relatório sobre a segurança da barragem deve ser concluído em até 60 dias. Esse documento vai indicar quais medidas devem ser tomadas”, informa a companhia. A comporta devem continuar abertas por um período de quatro meses, que é a estimativa de duração da intervenção.
O local segue interditado para o público em geral, tendo em vista que é preciso atualizar as informações sobre as condições de segurança da estrutura. A parte que seria destinada à casa de máquinas apresenta uma abertura no piso, o que indica riscos de queda.
Com o esvaziamento da barragem, uma grande quantidade de lodo no leito do Rio Paranhana e de peixes mortos surpreendeu a comunidade três-coroense, que ficou meio dia sem abastecimento da Corsan devido à impossibilidade de tratamento da água. Procurada pela reportagem, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) informou que ainda nesta semana seria concluído o relatório sobre os impactos ambientais causados na ocasião pela abertura da comporta.
Tudo normalizado
Após o susto da última semana, com imagens e vídeos de peixes mortos e do rio escurecido sendo compartilhados nas redes sociais, a informação é de que a situação no rio está normalizada. “A turbidez da água está boa. Estamos com abastecimento regular”, diz a secretária de Agricultura e Meio Ambiente, Eliane Martins dos Santos. “Estamos acompanhando o que a CEEE diz. A gente solicitou laudos sobre a situação da água, mas todos os laudos serão entregues em conjunto”, explica. A Fepam diz que o relatório, quando concluído, será divulgado através das mídias digitais da fundação.
Saiba mais sobre o caso
A Barragem das Laranjeiras tem cerca de 60 anos e nunca chegou a ser ativada. Em 2012, atos de vandalismo comprometeram o mecanismo de gerenciamento da comporta, que desde então não foi mais aberta.
As atenções se voltaram novamente para a estrutura após a identificação de um vazamento, no início de agosto. De lá pra cá, a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), pasta responsável pelo patrimônio do Estado do RS, repassou a barragem de forma definitiva para a CEEE para que serviços de manutenção e diagnóstico fossem executados pelas equipes técnicas, que devem concluir o relatório nos próximos 60 dias.