Frente é lançada por deputados em prol do setor coureiro-calçadista

Estado / Região – Os deputados estaduais Dalciso Oliveira (PSB) e Issur Koch (PP) lançaram na última segunda-feira (15), na Assembleia Legislativa (AL) do RS, duas frentes parlamentares destinadas à defesa e apoio ao setor coureiro-calçadista.
Embora as duas frentes tenham como foco o mesmo setor, ambas lutarão por temas distintos no parlamento gaúcho. A frente presidida por Issur terá como foco diminuir a burocracia enfrentada pelos empresários do ramo coureiro-calçadista e na diminuição dos impostos. Já a frente liderada por Dalciso lutará contra a redução dos empregos do setor e contra a migração de empresas para outros estados.
“Essa é a primeira vez que a Assembleia terá duas frentes destinadas a esse importante setor da economia gaúcha, mas que terão atuações distintas, sem deixar de complementarem-se entre si. Estamos colocando nossas vozes e nossos mandatos para diminuir a burocracia, para auxiliar nas esferas estadual e nacional a fim de que possamos retomar postos de trabalho e proporcionar o cenário ideal para quem empreende neste Estado”, anunciou Issur Koch.
Na sequência, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçado (Abicalçados), Heitor Klein, falou da importância das duas frentes atuarem em conjunto. “A indústria de calçado tem papel preponderante na geração de emprego. Contamos com um trabalho integrado para que o setor possa retirar entraves para seu desenvolvimento”, disse.
Estiverem ainda presentes no evento o prefeito de Igrejinha, Joel Wilhelm, e seu secretário da Administração, Leandro Hörlle, o vice-prefeito de Três Coroas, Eraldo Araújo, e o o diretor-presidente da Picadilly, Tiburcio Grings.

Dalciso defende setor

Empresário do ramo há quase 26 anos, o deputado Dalciso Oliveira (PSB) destacou que as crises se acumularam e continuaram numa crescente durante este período. “Sem nos darmos por conta, ao invés de trazer novos negócios, evoluir a cadeia produtiva e abrir novos mercados para que produzíssemos com um custo satisfatório para o mercado, fizemos o contrário. Exportamos nossas matrizes para outros estados e não tivemos a capacidade de compreender que quando as empresas saem, elas dificilmente retornam. Elas levam não somente os empregos diretos, mas toda a riqueza que geram em seus processos de produção”, explicou.
A crítica de Dalciso Oliveira aponta a concorrência desigual que o setor enfrenta no país e que fica ainda mais desleal no Rio Grande do Sul, onde as alíquotas de ICMS estão acima daquelas que são praticadas em outros estados. “O setor está deixando de produzir”, salientou.

Fotos: Divulgação