Festivale on-line contou com mais de 25 mil visualizações

Rolante – Em uma versão on-line inédita, adaptada ao “novo normal”, a programação do XXVII Festivale, o Festival de Teatro do Vale do Paranhana, com sede em Rolante e exibido pelo Facebook do Espaço Cultural de Rolante, de 20 a 28 de junho, alcançou mais de 25 mil visualizações.

Com a participação de diversos grupos de outros estados, este ano, o troféu de melhor espetáculo tanto adulto, quanto infantil, foi para duas cidades paulistas. Na categoria adulta, o “Translúcido”, da Cia Talagadá -Teatro de Formas Animadas, sob a direção de Valter Cintra, diretamente da cidade de Itapira (SP), uma provocação dramática visual que se utiliza da plasticidade de materiais característicos por sua opacidade.

Já na categoria infantil, o troféu de primeiro colocado foi para “Simbab, o Navegante“, do Circo Mínimo, com direção de Carla Candiotto, diretamente de São Paulo, capital. Espetáculo de abertura do evento, quem conta a história de Simbad são dois palhaços que se confrontam o tempo todo, dois artistas mambembes que vão de cidade em cidade, de praça em praça, contando suas histórias e sempre disputando para ver quem representará o herói.

Além do troféu, os espetáculos vencedores receberam a premiação em dinheiro no valor de R$ 500,00. Para a diretora de cultura Joyce Reis, o novo formato superou as expectativas. “Valeu muito a pena. Receber o carinho das pessoas que estavam assistindo, os aplausos que se transformaram em emojis, foi sensacional. Perceber que mesmo longe estávamos conectados. Foi uma experiência maravilhosa, saber que fomos os pioneiros, que muitos estavam acompanhando e torcendo para dar tudo certo”, resumiu Joyce, destacando ainda, o ganho em abrangência do Festival, tanto para as companhias, quanto para o público, com a possibilidade de prestigiar trabalhos de todo o país.

“Troquei o Jornal Nacional pelo Festivale”, conta espectadora de São Francisco de Paula
Neste ano, cada espetáculo contou com a avaliação de 10 espectadores, que eram convidados para a função ao final da exibição das peças. Assim, 80 diferentes pessoas do público, de diferentes cidades, idades e perfis, ajudaram a enriquecer o evento com seu ponto de vista.

A jornalista Lúcia Pires, de 59 anos, reside há três anos em São Francisco, e foi de lá que ela assistiu e ajudou a avaliar os espetáculos. Chefe do Departamento de Cultura de São Chico, Lúcia conheceu o evento a partir de uma apresentação do Tá Rolando Arte na cidade. “Estive ano passado, assisti sozinha uma apresentação, amei e depois levei dois ônibus com crianças daqui, muitas delas foram a primeira vez ao teatro. Este ano, assisti todos os espetáculos, todos os dias, as 8h da noite, eu troquei o Jornal Nacional pelo teatro, o que foi muito bom pra mim, e achei a qualidade dos espetáculos excelente. Achei que essa formatação funcionou, qualificou o evento, vida longa ao Festivale!”, disse Lúcia.

Da mesma forma, o estudante de gastronomia Anderson Schwaab Vidor, de 25 anos, também garante que a nova versão não tirou a magia dos palcos. “Assisti quase todas as peças, e achei muito boa a qualidade. Acompanho o Festivale desde 2011. Nada se compara a versão presencial, ao calor e emoção passada na hora do espetáculo ao vivo, mas deu pra dar boas gargalhadas nas apresentações on-lines. Estão de parabéns”, compartilhou Anderson.

Fonte: PMR