Falta espaço para o ônibus parar na RS-115 após conclusão de rótula em Taquara

Placa fixada próximo a rótula no sentido de Igrejinha para Taquara. Foto: Matheus de Oliveira

Taquara – As paradas de ônibus que foram instaladas em novos locais da RS-115, próximo ao Corpo de Bombeiros Militar de Taquara, estão causando dor de cabeça a usuários do transporte coletivo. Desde que a rótula em frente ao quartel foi concluída pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), no início de junho, os locais de embarque e desembarque de passageiros foram fixados em pontos com pouco espaço no acostamento.

Quem enfrenta diariamente a preocupação com o problema é a moradora de Taquara Joice Rodrigues. Ela conta que seu filho de 17 anos é menor aprendiz em uma das empresas próximas do acesso e que pela falta de um ponto adequado há ocasiões em que os motoristas não param. “Se o ônibus parar tanto de um lado quanto de outro corre grande risco de causar um acidente. Eles querem que o pessoal se desloque até uma outra parada, que fica em Igrejinha, mas é um desrespeito em dias de chuva eles precisarem ir até lá por um erro que nem sei de quem é”, relata.

A EGR foi procurada pela reportagem, mas não respondeu até o fechamento da matéria.

Problema nos dois sentidos

Basta passar pelo trecho para observar que, nos dois sentidos, o espaço destinado a embarque e desembarque de passageiros é pequeno. Também há o agravante da iluminação. Com o sol baixo já pelas 18 horas, as paradas ficam completamente escuras.

O administrador da Citral, empresa que opera as linhas de ônibus da região, Ricardo Neumann, pondera que as placas não foram colocadas em pontos apropriados. “Estão em locais sem acostamento, e não oferecem segurança ao fluxo de veículos na rodovia quando há necessidade de parada de ônibus.”

Obra foi parar no Ministério Público

A falta de espaço não atinge apenas os usuários de transporte coletivo. Em processo acolhido pelo Ministério Público, a Associação Taquarense dos Amigos Ciclistas (Atac) questiona a EGR pela falta de um local de circulação para pedestres e ciclistas. “No dia em que fui lá, os caras estavam trabalhando e tinham feito uma pintura provisória. O engenheiro da obra disse que iria ter dois metros de acostamento nas bordas, o que acabou não acontecendo. Tudo ali não está certo”, frisa Humberto Klein, integrante da associação.

A Notícia de Fato foi acolhida no dia 29 de abril pela promotora Ximena Cardozo Ferreira, que solicitou informações acerca do projeto de implantação da rótula. A EGR ainda não se manifestou no processo.

A obra, situada no quilômetro 3,5 da RS-115, contou com R$ 1,1 milhão de investimento. Além de proporcionar melhor fluidez ao trânsito, o objetivo foi facilitar a locomoção do Corpo de Bombeiros Militar de Taquara.