A discussão pela instalação do pedágio em Parobé tem sido um dos principais assuntos entre lideranças da região. Principalmente no município, a eventual intervenção do Estado já gerou manifestações contrárias de parlamentares na Câmara dos Vereadores e, na terça-feira (29), através das redes sociais do município, o prefeito Diego Picucha também manifestou sua posição.
De início, Picucha informou que não havia se manifestado ainda porque esperava uma posição mais clara do Estado, o que, segundo ele, não aconteceu. “Todas as informações que eu tenho são as mesmas que a comunidade tem. Eu recebi a notícia ao ser perguntado sobre o assunto através de um veículo de comunicação”, destaca.
Um dos aspectos destacados pelo chefe do Executivo, que justificam a contrariedade do município com relação ao assunto diz respeito ao momento de crise que a população vive por conta da pandemia. “Eu sou contra qualquer tipo de tributação para os moradores aqui da nossa cidade. Tendo em vista todo esse momento de pandemia que a gente passou, tendo em vista a dificuldade das nossas indústrias e comércios, então o Governo do Estado vem com essa novidade de pedágio aqui para a nossa região”, destaca.
Para debater o assunto, no dia 13 de julho Diego Picucha tem uma reunião marcada com o secretário de Logística e Transportes do Rio Grande do Sul, Juvir Custella.
Assunto foi debatido em sessão da Câmara e parlamentares pediram audiência pública
Na sessão do dia 22, o assunto foi amplamente debatido. Em sua fala, o presidente Marcos Friederich (PDT) disse que recebeu a notícia com surpresa. Na quarta-feira (30), uma audiência pública com a presença de autoridades e empresários da região foi realizada para falar sobre o assunto.
No mesmo dia em que foi anunciada a instalação da praça em Parobé, o Governo confirmou a intenção de fixar uma em Taquara, na ERS-020, com a tarifa mínima apresentada é R$ 5,81 e máxima R$ 7,75. O valor será definido em um leilão, com realização prevista para dezembro.
Região sitiada por pedágios
- O chefe do Executivo parobeense também manifesta preocupação com a quantidade de pedágios que o Paranhana pode ter caso o Governo realmente instale as praças anunciadas na quinta-feira (17). ”Lembrando que a nossa região vai ficar sitiada, de seis municípios do nosso Vale do Paranhana – se eles obtiverem sucesso – cinco terão pedágio. Vocês imaginem o preço que vai custar isso para os nossos serviços aqui dentro do Paranhana”, alerta Diego. “E a nossa busca de reerguer a economia, trazendo empresas para cá, como eu vou fazer uma oferta para uma transportadora? Oferecer uma área para uma empresa de logística vim para cá e ficar no meio de mais três pedágios”, cita.
Conforme pontuado pelo prefeito, as cinco cidades que teriam pedágio são: Três Coroas (115); KM 60 da ERS-020, que fica em Igrejinha; Parobé (ERS-239); Riozinho, no fim da 239 e no município de Morungava (ERS-020), que faz divisa com Taquara.