Entrevista 100 dias de governo: Sirlei Silveira a prefeita de Taquara

 Dando continuidade a série de entrevistas com os prefeitos (as) do Vale do Sinos e Paranhana, a equipe do Grupo Repercussão fez um bate-papo com a prefeita de Taquara, Sirlei Silveira. Abaixo você poderá conferir os principais trechos e explicações para temas de grande impacto na vida do taquarense.

 

 Repercussão – Como estava a situação fiscal encontrada em Taquara logo que você assumiu?
 Sirlei Silveira – Na verdade, encontramos uma situação fiscal bem precária. Tanto que em uma reunião chamada pela Caixa Econômica Federal, foi nos passado que o município não tinha crédito para contrair nenhum recurso para auxiliar nesse momento de crise. Tínhamos em torno de quase R$ 7 milhões de dívida empenhadas, liquidadas e não pagas do governo anterior, que tivemos que fazer o pagamento, bem como, entendemos o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que é o maior recurso vindos aos cofres municipais mês a mês, tivemos todo o mês de janeiro até o metade de fevereiro, sendo descontado porque o governo anterior não pagou desde o mês de maio o INSS patronal, e o governo federal entende como dívida, e nos glosou o recurso que seria transferido ao município através do FPM. Então, encontramos o município bastante endividado. Por isso, tomamos uma série de providências, e uma das primeiras providências foi começar a entregar os prédios alugados e rever contratos. Em apenas dois contratos revisados com prestadores de serviços economizamos mais de R$ 50 mil mês ao erário municipal. Quando percebemos que a questão fiscal era uma questão séria e tínhamos ficado com muitas contas a pagar, precisamos então, e fizemos uma revisão contratual e cessação de pagamento de alguns alugueis que nos geraram uma economia e recursos retornaram aos cofres públicos.

 

 Repercussão – Quais outras medidas de austeridade que você colocou em prática?
 Sirlei – Percebemos, olhando o quadro que nos encontramos, que haviam muitas assessorias que eram prestadas ao município e que elas não traziam resultados efetivos. Então, dispensamos a maioria das assessorias e contratamos uma em especial, que nos trouxe um resultado efetivo e de pronto. Eles nos trouxeram uma amostra de todo aquele contribuinte que neste momento puxa o ICMS de Taquara para baixo. O que significa isso. Eles negativam no final do ano, então, eles não têm uma condição, além de não contribuírem eles trazem para baixo a arrecadação municipal. De pronto, esta empresa nos trouxe nomes de empreendedores taquarenses que estão neste momento sonegando. Não é possível que a gente entenda que uma pessoa negative no final do ano e aumente o seu patrimônio pessoal. Então, precisamos entender que nesse momento temos uma gestão séria. No bolso da prefeita Sirlei e de seus assessores, entra o salário do mês, única e exclusivamente. A partir desta gestão que assumiu agora no ano de 2021, ninguém tira mais nada do município de Taquara. Todos terão que contribuir. Todo o recurso que entra nos cofres públicos, eles são utilizados para o bem comum. Também, concomitante a isso, entendemos que muitos dos empresários taquarenses que nos procuram neste momento, eles nos dizem que estão faturando em outros municípios, pela burocracia e pela dificuldade que encontraram em implementar documentos ou documentação para terem aqui um alvará. Então, precisamos neste momento, e criamos a pasta do Desenvolvimento Econômico, que colocamos nas mãos do secretário Douglas Kayser, justamente, na intenção de sermos um polo facilitador. Teremos a nossa Sala do Empreendedor, que a exemplo do município de Igrejinha, nós podemos ao invés de liberarmos um alvará em 200 dias, entregarmos ele em menos de 10 dias. Precisamos tornar a nossa cidade atrativa e com competência para concorrer com outros municípios e termos um alvará regulado. O munícipe pode e deve empreender se ele sabe fazer uma bolacha ou um tijolo, mas ele não tem a obrigação como empreendedor de saber preencher documentos. Esta é a obrigação da municipalidade e para isso estaremos, logo ali, abrindo e trabalhando com a nossa.

 

 Repercussão – A estrutura Covid ganhou um espaço amplo e adequado. Além disso, a Prefeitura adotou o tratamento precoce. Como isso foi estruturado?
 Sirlei – Nós tínhamos, quando eu entrei em 1º de janeiro de 2021, um Centro Covid, um espaço onde não tinha banheiros e que não era adequado para recepcionar os pacientes. Em uma semana, tiramos do aluguel e colocamos em um local próprio o Centro Covid, com banheiros e com dignidade, climatização e acolhimento. Estamos, neste momento, instalando três consultórios e fazendo uma parceria com a FACCAT para termos acolhimento aos familiares das vítimas da Covid em um atendimento terapêutico, a FACCAT será grande parceira. Estamos recebendo também de pessoas da municipalidade que são profissionais na área da psicologia, que também estão querendo trabalhar com o tratamento e o acolhimento aos nossos profissionais da saúde neste momento, muito cansados e com risco à própria saúde e que precisam deste acolhimento, então, estamos com essas parcerias estabelecidas. Eu quero dizer para vocês, que Taquara, ela não defende um tratamento Covid ou um kit precoce. Mas, ela tem perfil médico para fazer um diagnóstico precoce, com um tratamento rápido e nós temos medicamentos que são mais de 14 medicamentos à disposição desses médicos, com perfil adequado. A professora Sirlei, no início do mandato, ela recebia muitas ligações e telefonemas, onde as pessoas diziam: “-Professora, meu pai foi ao Centro Covid e recebeu paracetamol, e agora, está no tubo/entubado”. E, agora, eu não recebi mais ligações depois que nós tivemos o cuidado de termos um Centro e um Conselho Médico Taquarense, com médicos renomados que eles conseguiram estabelecer uma orientação. Eles trouxeram à prefeita e ao vice-prefeito, Nelson Martins, não falácias ou blablaísmos. Eles trouxeram evidências de um ano de tratamento onde eles comprovam para nós como os pacientes se comportaram com o medicamento e o resultado que isso trouxe ao paciente. Isso nos interessou e fez com que investíssemos um recurso maior em hora médica, e nós tivéssemos um perfil médico adequado para estar tratando nossos pacientes. E, nós temos uma curva descendente. No hospital, já podemos até recolher um profissional, pois não estamos mais com essa necessidade. Quer dizer, o comportamento adotado pelo Conselho Médico Pró-Vida Taquara, e o perfil médico adequado para atender no Centro Covid, trouxe resultados. É isso que interessa ao governo Sirlei e Nelson. Resultados que estão aí postados e já numerados em dados estatísticos.

 

 Repercussão – Quais medidas de maior impacto adotadas na saúde?
 Sirlei – Na verdade, o SAMU em Taquara, há muito tempo, era mantido por receita própria. Uma receita limitada que era usada para fazer a manutenção deste serviço importante para os taquarenses e para a região. A nossa secretária de Saúde, Ana Maria Rodrigues, ao entrar, percebeu isso e ela em uma semana, trabalhou e recuperou quase R$ 100 mil do recurso e quer recuperar mais, mas para isso, precisa atender critérios, e ela está buscando atender critérios, ter pessoas no SAMU que tenham capacidade técnica para estar e buscar o recurso de volta na sua totalidade. Então, eu sou muito agradecida ao trabalho técnico feito pela nossa secretária da Saúde.

Também entendo e sobre a traumatologia, pois ela é uma situação que será recuperada pelo nosso Hospital Bom Jesus (HBJ). E, conversamos com o médico que atenderá lá, só não iniciou ainda por conta do Hospital ainda estar buscando outros serviços e começará já, na próxima semana, a fazer cirurgias eletivas e a assumir as responsabilidades, inclusive, com o serviço de traumatologia. Logo logo, passando essa retomada, já falaremos de maternidade de volta ao HBJ. São construções que estão sendo feitas na pessoa da secretária da Saúde que entende, e eu também entendo enquanto prefeita, que o Hospital taquarense é nosso e nós precisamos trabalhar juntos para a sua recuperação.