Em 2 anos, Parobé e Igrejinha fazem a colocação de 373 DIU’s pelo SUS

Por Jauri Belmonte

Região – Atualmente, diversos são os métodos para prevenir uma gravidez. Cuidados especiais, principalmente quando se fala da saúde reprodutiva feminina, são importantes. Nesta linha, entra o DIU, que pode ser colocado de maneira gratuita pelo SUS. Se no Vale do Sinos Campo Bom aumentou em 650% a inserção de DIU’s pela rede municipal entre 2021 e 2022, Parobé e Igrejinha seguem o caminho no Paranhana.

 

De acordo com a secretária de Saúde de Parobé, Ana Elisa de Lima, entre 2021 e 2022, a cidade fez a colocação de 210 DIU’s. Já em 2023, até março, foram colocados 55. “Oferecemos mais informações desde o pré-natal até o desfecho gestacional em todas as UBS’s”, explica. No município parobeense, a colocação deve ser feita junto à Unidade de Saúde da Mulher e da Criança.

Quando o assunto é a colocação de DIU em Igrejinha, de acordo com o secretário de saúde Vinicio Wallauer, entre os anos de 2021 e 2022, foram feitas 96 inserções. Em 2023, até o momento, foram inseridos 12. “Contratamos mais dois ginecologistas e disponibilizamos uma quantidade maior de kits para ampliar o acesso”, conta o secretário. A solicitação pode ser feita em qualquer unidade de saúde, mas a colocação deve ser feita apenas nas unidades Vila Nova e Acácias.

Sobre prazos, em Parobé, entre a consulta inicial e a solicitação de coleta de pré-câncer e realização de ecografia transvaginal, o prazo pode chegar a 30 dias; em Igrejinha, o prazo estimado é de 45 dias. Em Taquara, a colocação do DIU ainda não é realizada. De acordo com o Secretário de Saúde Dodô Mello, a falta de profissionais é o principal motivo.

Mas o que é DIU

Mesmo que durante muito tempo tenha sido deixado de lado, o dispositivo intrauterino (DIU) está entre os métodos contraceptivos não hormonais e que estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Ele tem o formato da letra “T”, e é inserido no útero para evitar uma possível gravidez indesejada. Além de eficaz, tem longa duração, de até 10 anos. “Aqui em Parobé, nós buscamos melhorar a acessibilidade das mulheres ao serviço. Especialmente de forma mais educativa, buscando desmistificar o uso do DIU e os seus efeitos. Acima de tudo, queremos dar segurança às pacientes”, frisa a secretária Ana Elisa.

 

Tipos de DIU e como colocá-lo pelo SUS

Primeiro, a paciente deve procurar uma UBS ou Unidade de Saúde da Mulher para tirar dúvidas e fazer a ecografia transvaginal e o pré-câncer. Posteriormente, um enfermeiro ou médico avalia e agenda a inserção. No dia da inserção, a paciente assina um termo de livre consciência. Basicamente existem dois tipos de DIU’s: o DIU de cobre, e o DIU hormonal (Mirena). A diferença entre eles é que o DIU de cobre aumenta o fluxo menstrual (e pode piorar a cólica menstrual), enquanto que o DIU hormonal deixa a mulher sem menstruar. Na maioria dos casos, os municípios fornecem o DIU de cobre.

 

O que dizem os secretários de Saúde de Parobé, Igrejinha e Taquara

“É uma novidade promissora de Parobé. Prezamos pela saúde feminina em todas as esferas e entendemos que o cuidado com as mulheres é, também, uma questão social.”
– Ana Elisa de Lima, secretária de Saúde Parobé.

“A pílula, por exemplo, é algo que muitas mulheres não se adaptam. Por isso, o DIU é uma forma mais segura e tranquila de evitar uma gravidez indesejada.”
– Vinicio Wallauer, secretário de Saúde de Igrejinha.

“Iniciamos o processo de contratação de mais um profissional com intuito de executar a inserção do DIU, pois sabemos que muitas taquarenses serão beneficiadas.”
– Dodô Mello, secretário de Saúde de Taquara.