Eleições municipais do próximo ano movimentam bastidores políticos no Vale do Paranhana

RegiãoFaltando pouco menos de um ano e meio para as eleições municipais, em que os eleitores escolhem vereadores, vice-prefeitos e prefeitos, as movimentações políticas já podem ser percebidas pelos mais atentos. A chamada “pré-eleição” é determinante para o pleito e proporciona grandes indicativos dos principais nomes que estarão à frente das disputas. O clima de rivalidade já impera nos bastidores de alguns municípios, demonstrando assim que o jogo de 2020 já começou.

A eleição presidencial do último ano trouxe significativas modificações ao cenário da política nacional. Partidos nanicos passaram a ocupar grandes espaços, a exemplo da sigla escolhida pelo presidente Bolsonaro, Partido Social Liberal (PSL), que elegeu 52 deputados federais, além de 4 senadores. Em 2014, o PSL havia feito apenas um deputado federal. O NOVO e o DEM também são forças políticas emergentes que, junto ao PSL, devem ter uma forte influência nas disputas municipais.

Apesar dessa realidade, as principais articulações políticas no Vale do Paranhana têm acontecido dentro dos partidos já tradicionais na região: PP, PSD, PTB, MDB, PSB e PDT, o que não elimina a importância de forças políticas emergentes.

Em Igrejinha, Joel Wilhelm (PP) está em seu segundo mandato após a vitória do último pleito, que concedeu sua reeleição com quase 75% dos votos. Já em Três Coroas, quem comanda o executivo é Orlando Teixeira (PSD), que ao longo de sua trajetória foi prefeito do município outras três vezes. Valério José Esquinatti (‎MDB‎) comanda a prefeitura de Riozinho. Após reeleição em 2016, Titinho (PTB) completa seu mandato em Taquara. Parobé está sob comando de Irton Feller (MDB) e Rolante conta com a gestão de Régis Zimmer (MDB), que assumiu em 2018 após a renúncia do então prefeito Dirão (PDT).

Fique por dentro

Uma nova regra estará em jogo durante a próxima eleição. Se trata do fim das coligações nas eleições proporcionais (vereadores e deputados). Basicamente, um partido não transfere mais seus votos para candidatos de outras legendas.

Como está a articulação nos municípios da região

Parobé – O PT garante que disputará com candidato na chapa majoritária. O nome mais propenso a ser lançado é do ex-prefeito Cláudio Silva. O partido não descarta uma aliança com Diego Picucha (PDT). Diego, por sua vez, é um pré-candidato natural para as próximas eleições, visto que recebeu expressiva votação no último pleito. A dúvida fica por conta do MDB e do PTB. Irton Feller, mesmo com adversidades jurídicas/eleitorais, e Marizete Pinheiro, também são fortes nomes para tentar um novo mandato.

Taquara – Diante da impossibilidade do atual prefeito concorrer novamente, seu vice, Dr. Helio (PP), se coloca à disposição para a disputa. O PT, que compõe a base do executivo, cogita um lugar na futura administração com o nome da vereadora Mônica. Do outro lado, o MDB conta com os vereadores Régis e Nelson, que também se colocam com francos candidatos a ocupar a vaga de prefeito nas próximas eleiçoes.

Igrejinha – O ex-presidente do PP e atual secretário de Desenvolvimento Econômico e Administração, Leandro Hörlle, é o nome que tem sido consagrado pela atual gestão para 2020. Na oposição, está o vereador Guto Scherer (MDB), que cumpre seu segundo mandato na câmara e claramente trabalha para alcançar a prefeitura no próximo ano.

Três Coroas – O atual prefeito, Orlando Teixeira, não deixou claro se vai buscar a reeleição. De acordo com seu vice, Eraldo Araújo (PSD), ainda é cedo demais para dar declarações e se posicionar nesse sentido. Na outra ponta está o PT que, em reunião da executiva do partido, definiu como pré-candidato o vereador Pedro Farencena.

Riozinho – Da atual gestão, não há uma definição sobre quem será o novo nome para concorrer em 2020. A tendência da oposição é formar base com Marquinhos (PDT), nome que aparece em destaque para a futura disputa.

Pelo lado do governo, Diogo Pretto, atual vice-prefeito e Secretário da Saúde deve ser o candidato apadrinhado pelo atual prefeito. Os dois possuem uma parceria muito grande, o que pode resultar em capital político para Diogo.

Rolante – Por aqui o cenário parece indefinido. O atual prefeito não demonstra interesse em continuar, mas também não descarta a possibilidade. A questão é que dentro do partido existem outros ex-prefeitos, o que deve acirrar a disputa interna para escolha de quem será o candidato postulante à prefeitura. A oposição não destaca nenhum nome concorrente.