Efeitos econômicos da pandemia esfria cooperativa de energia solar em Rolante

Diversas placas de energia solar serão instaladas dentro da proposta da cooperativa Foto: Internet

Rolante – Um projeto inspirado em modelo de Primeiro Mundo e que tem como propósito transformar Rolante a cidade mais sustentável da região, está parado em razão da pandemia. Lançada em novembro do ano passado, a Cooperativa de Energia Fotovoltaica – Coopenergy contou inclusive com consultoria de especialistas alemães. A iniciativa conta com parceria com o governo da Alemanha, por meio do Programa DEL.

O objetivo da iniciativa é incentivar a sustentabilidade e a democratização da energia fortalecendo a economia local. Os clientes seriam transformados em verdadeiros produtores de energia limpa, criando também um ambiente mais cooperativo no município. “A cooperativa estava na elaboração do estatuto em fevereiro e começando o projeto piloto de venda das cotas em março, quando veio a pandemia atrapalhando o projeto. No momento deixamos parado por segurança a economia e porque é mais difícil de achar investidores”, afirma o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Evandro Lembi. O lançamento da cooperativa aconteceu em 21 de novembro do ano passado nas dependências da Acisa. Alguns dias antes, os consultores alemães Katharina Habersbrunner (Vice-Presidente da Cooperativa de Energia Beng na Alemanha) e Andreas Dohle, estiveram no município.

Entenda como é gerada a eletricidade por meio das placas de energia solar

A energia fotovoltaica é a energia elétrica obtida através da luz solar. Quanto mais radiação solar maior será a quantidade de eletricidade produzida. O processo de conversão da energia solar utiliza células fotovoltaicas (geralmente feitas de silício ou outro material semicondutor). No começo do ano houve um acerto entre o Governo Federal e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para que não haja taxação da energia solar no Brasil. Em Rolante, um projeto piloto da cooperativa seria estruturado no mês de março junto a agência do Sicredi no município.

Projeto impressionou Acisa

Segundo a secretária executiva da Associação do Comércio, Indústria, Serviços e Agropecuária (Acisa) de Rolante e Riozinho, Alessandra Flesch, a entidade é parceira do projeto. “Ficamos impressionados da melhor forma possível com o projeto. Somente da Acisa, de três a quatro conselheiros, instalaram equipamentos nas suas empresas e residências. Nós apoiamos esse movimento que começou há dois anos”, destaca a executiva. Alessandra é compreensível e reconhece que não houve mais nenhuma reunião sobre o assunto nos últimos meses. “Não tivemos mais nenhuma reunião em razão do momento econômico. Além disso, ao contrário da Alemanha onde esse tipo de cooperativas são comuns, aqui no Brasil, ainda existe uma insegurança quanto as legislações que mudam com frequência”, disse.