Guia Volta às Aulas: Educação humanizada em Taquara

Por Weslei Fillmann

Com o intuito de melhorar o ensino público do município, a Prefeitura de Taquara vem realizando uma série de investimentos na melhora de estruturas físicas e pedagógicas. Além de equipamentos, meio de transporte e novos espaços para a educação, os trabalhos realizados pela gestão buscam humanizar o ensino, inserindo os alunos e os professores em um ambiente mais acolhedor, seguro e propício para o aprendizado.

 

O investimento total gira em torno de R$ 11,7 milhões utilizados na compra de quatro prédios para abrigar duas escolas de educação infantil, uma de ensino inclusivo e a Escola Cívico-Militar. Mas também houve aquisição de ônibus; recursos para gestão financeira das escolas na compra de itens pedagógicos dos alunos; e construção de três ginásios para práticas esportivas.

Aliado à humanização, está a democratização do ensino. Como já abordado anteriormente, a administração trouxe a educação cívico-militar para Taquara, oferecendo uma nova opção de educação para a população.

 

O que esperar para fevereiro?

Os primeiros momentos do ano letivo de 2022 vão contar com uma série de palestras trazidas pela prefeitura. Um educador de Portugal e famoso pelo seu método de ensino, o doutor José Pacheco, participa da “Formação Continuada da Rede Municipal de Taquara – 2022”, no dia 10 de fevereiro.

O objetivo é contribuir com novas experiências ao professores da rede de ensino do município. A primeira atividade é nomeada de “Novas Construções Sociais da Aprendizagem”. Já o segundo momento que o educador português apresenta é o “Experiências: Escola da Ponte e do Projeto Âncora.”

Além de ensinar, José vem para Taquara conhecer o Projeto Gama, que busca levar para as escolas municipais a redução no número de alunos que estão enquadrados fora da idade-série. Esses alunos, que frequentam os anos finais do ensino fundamental e que já possuem idade para estarem no ensino médio, são atendidos de maneira diferente, trabalhando com outros métodos visando o seu desenvolvimento estudantil. Em 2021, o projeto foi realizado em três escolas e os resultados apresentados foram excelentes.

 

O êxito do projeto Gama é quando ele acaba, pois significa que corrigimos a distorção idade-série com aprendizagens significativas aos estudantes”, afirma a secretária de Educação de Taquara, Carla Silveira

 

A escola cívico-militar é apenas uma das novas modalidades que vão ser oferecidas, a partir de 2022, em Taquara. O projeto Gama, apesar de ter sido realizado em 2021 nas escolas Rosa Elsa Martins, Theophilo Sauer e João Martins Nunes, deve iniciar seus trabalhos de maneira definitiva neste ano letivo, atendendo ao menos 10 escolas de toda a rede fundamental do município.

Quando a atual gestão assumiu a Prefeitura, o índice de alunos que estavam em distorção idade-série chegava a 25%. Isso equivale a um aluno a cada quatro do sexto ao nono ano. Na escola Rosa Elsa, o número de alunos em disparidade idade-série foi reduzido, em apenas um ano, para três alunos. Devido a esse rendimento, o projeto vai ser instalado de maneira definitiva no município. A projeção da Prefeitura é que ele dure cerca de dois anos em cada escola, devido as suas situações individuais.

A diferença das turmas Gama para o ensino padrão é que, nelas, é utilizada a metodologia ativa, com a presença de um professor referência. Independentemente da área de formação pedagógica do profissional, ele vai ficar responsável por atender de forma integral os horários em que os alunos estiverem em sala de aula. Para suprir necessidades pontuais de outras disciplinas, outro professor vai dar aula-atividade referente à sua especialidade. Essa proximidade com um professor faz com que os alunos criem mais confiança no método de ensino e no profissional responsável por eles. Assim, elas acabam superando desafios e atingido objetivos que não eram obtidos nas turmas padrões da rede pública.

 

Oferecer diferentes possibilidades

Professora Sirlei sempre destacou a sua ligação com a educação, através da sua formação pedagógica. Por isso, o setor não poderia ficar de lado na atual gestão. “Aqui temos ensino técnico, superior, escolas privadas e públicas. No escopo de ofertas pela administração, sentíamos a necessidade de diversificar mais, de oferecer diferentes possibilidades de educação. Pensando nisso, ainda em 2021, providenciamos a compra da Helfen, que por quase 40 anos ofereceu atendimento a crianças, jovens e adultos com limitações cognitivas. Para muito além dos R$ 2 milhões investidos à vista neste patrimônio está o nosso desejo de ampliar a atenção à educação e saúde dos nossos moradores com alguma deficiência, a partir da escuta de pais e responsáveis destes alunos.”

 

Ouvindo a voz da comunidade

Um dos pedidos da população taquarense é a instalação de uma escola cívico-militar no município. Atendendo essa demanda, a Prefeitura realizou todos os procedimentos necessários para obter uma escola nos padrões adotados na esfera federal. A prefeita Sirlei Silveira destacou que decidiram “por cadastrar Taquara no programa de escolas cívico-militares, sendo o município o único do Vale do Paranhana a ser contemplado.” As aulas do novo projeto vão ser iniciadas ainda no mês de fevereiro em um prédio adquirido recentemente pela prefeitura, na área central do município, no valor de R$ 2 milhões. O espaço está sendo preparado para receber 225 alunos e os professores enviados através do PECIM, programa educacional do Ministério da Educação.

 

“O aprender se faz brincando”

Diversão e conhecimento andam lado a lado, principalmente na infância. Para aprimorar esse trabalho das escolas, a “Prefeitura repassou cerca de R$ 2,5 milhões para os cofres das escolas municipais para serem utilizados em pequenas reformas e reparos da estrutura física, compra de livros e materiais pedagógicos, além de outros valores para aquisição de brinquedos e computadores”. Essa destinação, de acordo com a prefeita Sirlei, faz com que a criança se sinta atraída pelo ensino. Pois a escola, ao possuir “brinquedos educativos de qualidade, livros que instigam a busca por mais conhecimento e o interesse pela pesquisa, preparam o aluno para o universo acadêmico e mercado de trabalho.”

 

Trabalho voltado à educação inclusiva

O antigo prédio da Helfen, que é referência há mais de 30 anos na região no atendimento à pessoas com deficiências em Taquara, vai sediar o Centro Especializado em Aprendizagem e Pesquisa, o CEAP, e a Escola Municipal de Educação Especial. O objetivo da aquisição do prédio, com investimento de R$ 2 milhões, é ampliar os atendimentos nas áreas de psicologia, psicopedagogia, fonoaudiologia e fisioterapia.