O dia 28 de setembro é especial para os igrejinhenses. Foi nesta data que há dez anos, um protocolo tornando Igrejinha uma cidade irmã de Simmern, na Alemanha, foi assinado.
O acordo foi aprovado pelas Câmaras de Vereadores de ambas as cidades um pouco antes, em 28 de maio de 2013. O documento teve o objetivo de fortalecer o intercâmbio entre os dois municípios e a iniciativa foi da Associação de Amigos da Oktoberfest de Igrejinha (Amifest), ainda em 2012. “Essa situação nasceu na 25ª edição, quando eu era vice. O Erni Engelmann (in memoriam) já tinha um contato próximo com Otto Mayer – interlocutor de Igrejinha em Simmern – e ajustamos para que na 26ª edição ele fosse o diretor da Comissão de Assuntos Internacionais e prosseguisse com a ideia”, conta o presidente Clóvis Werb.
Por sua relação com os alemães, Erni conseguiu que a assinatura do tratado fizesse parte da programação do lançamento de um filme de um famoso cineasta da época (fotos em destaque), o que acabou fazendo com que o ato se tornasse público, pois mais de duas mil pessoas presenciaram o momento.
Werb relembra ações
O presidente da 26ª Oktoberfest relembra ainda algumas ações que aconteceram a partir da parceria. “O Otto conseguiu trazer uma orquestra da Alemanha, de graça. Depois disso pediu para que arrumássemos transporte para os instrumentos daqui até o Rio de Janeiro. Só os instrumentos, na época, eram avaliados em R$ 300 mil. Conseguimos um parceiro de Novo Hamburgo que entregou tudo na cama do hotel dos músicos. Se a Oktober tivesse que trazer um grupo desse, teria certamente gasto este valor só de passagem. Também teve a rua lá de Simmern nomeada de Igrejinha, a pintura feita no Centro Administrativo e entre outras”, detalha Werb.
Um desafio: resgate dos voluntários

Além de participar deste importante momento para a festa, Clóvis ainda faz questão de salientar o movimento realizado para resgatar os voluntários da festa. “Fora essa parceria, o que eu ia referir que acabou caindo naquele ano como um desafio para nós, foi o resgate dos voluntários. 25 anos é uma geração e foram comemorados um ano antes da minha edição. Então naquela época os voluntários que iniciaram com 25 já estavam com uma idade mais avançada. Com isso muitas pessoas acabaram se acomodando, não tinham mais a mesma disposição”, explica Werb.
O ex-presidente da festa finaliza destacando a sua felicidade em perceber que, de alguma forma, o esforço valeu a pena. “O meu desafio foi resgatar a autoestima e também renovar os voluntários. Tive que iniciar um processo de renovação e isso, atualmente, me deixa muito feliz, porque estou vendo pessoas que entregavam folhetos da festa na minha edição e hoje já são presidentes ou tem cargos na diretoria. Por isso na época a gente fez ações voltadas para esse fortalecimento e para trazer novos voluntários para a festa, para garantir a sucessão”, conclui.