Como funciona o trabalho de manutenção de 3 mil quilômetros de chão batido em Rolante

Prefeito e secretário de Obras em manutenção de estrada de chão batido na Fazenda Passos (Foto: PMR)

Rolante – Com uma população de cerca de 20 mil habitantes e área territorial de 295,637 km², Rolante conta ainda com uma área de 3 mil quilômetros de chão batido. São estradas vicinais que exigem trabalho periódico para garantir sua manutenção para o uso das comunidades.

O secretário de Obras, Claus Schierholt, explica como ocorre este trabalho, que também depende muitos das condições climáticas. “Rolante é um município caracterizado pela pequena propriedade, média 12 a 13 hectares por cada propriedade, e todas têm ligação de estrada onde o município faz a manutenção; por isso, tanta estrada. E o chão batido tem a peculiaridade, que é a durabilidade bem restrita, ela depende fundamentalmente do tempo”, disse ele.

O foco principal nas estradas é com a drenagem. “Isso que a gente dá prioridade, a drenagem pluvial, tirar água da estrada, abrir valeta, fazer bueiros, para evitar ao máximo da água estragar essa estrada e, assim, ter uma durabilidade maior”, explicou, detalhando as ações após os dias de chuva. “Mas depois de cada chuva, a gente tem que patrolar a estrada, usar o material que restou, recompor com saibro”.

Oito caminhões para o trabalho

O secretário explica que após a chuva, normalmente, são necessárias 24 horas de sol para conseguir trabalhar nas estradas. “Esse é o mínimo para poder transportar esse material, que vai estar encharcado ainda e as jazidas são tudo em morro e encostas; quando está molhado é perigoso para acidente de caminhões”, observou o secretário Claus.

Para o trabalho de manutenção, a Secretaria de Obras conta com oito caminhões. “O maquinário que recebemos da Administração anterior estava bem precário, não tinha manutenção preventiva, mas a gente conseguiu recuperar bastante coisa. Para o próximo ano, estamos trabalhando com recurso para adquirir máquina nova, leiloar as máquinas velhas, que estão dando muita despesa com manutenção”, adiantou. Além do custo com oficina, o tempo da máquina parada também prejudica a dinâmica. “Precisamos dela para atender a demanda e ela está parada na manutenção”.

Prefeito acompanha trabalho

Entre as demandas de todas as secretarias, o prefeito Pedro Rippel faz questão de acompanhar, presencialmente, o trabalho executado nas estradas de chão de Rolante. “Nosso município tem uma grande extensão rural e estamos trabalhando muito para atender todas as comunidades. E assim vamos seguindo, concluindo uma localidade e partindo para a próxima, para conseguirmos atender a todas. Faço questão de ir visitar todos os lugares com o secretário Claus Schierholt, conhecer as demandas da comunidade e tentar atender da melhor forma possível. As vezes, em função do tempo, não conseguimos seguir o cronograma, mas logo que possível, retomamos o trabalho”.

Estradas de maior fluxo são a prioridade na hora de fazer a manutenção

O secretário explica que é difícil estipular uma média de quilômetros que são feitos por semana ou mês. No entanto, explica como funciona a prioridade de trabalho. “Como dependemos muito da condição climática, não tem um número fixo. Mas a prioridade são as estradas de maior fluxo, com mais gente que usa a pista. Também priorizamos o transporte escolar e, graças a Deus, buscamos crianças de todos os recantos [localidades]”. A secretaria também dá atenção para moradores com alguma deficiência ou dificuldade de locomoção. “Procuramos não deixar ninguém sem atendimento, mas a ordem de prioridades é essa”, conclui o secretário.