Comentário: “Parvovirose”, por Tatiane F. Müller

Foto: Pexels/Chevanon Photography

Por Tatiane F. Müller

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Todos os anos, quando este período do ano chega trazendo o calor e dias quentes, também chega na nossa rotina clínica, com uma maior incidência, uma doença que mata um grande número de filhotes, trazendo muita tristeza para aqueles que a acompanham.

A princípio esta doença já é bastante conhecida, mas como os casos aumentam a cada ano, vale a pena trazer toda informação possível sobre ela. Trata-se da Parvovirose, alguns a chamam de Peste do Sangue.

A doença é causada por um vírus que atinge especificamente cães filhotes até mais ou menos 1 ano de vida. O vírus afeta as vilosidades do intestino, causando sua destruição, tendo como seus principais sintomas a diarreia com sangue, vômito persistente e desidratação. Pode muitas vezes começar com abatimento e prostração do filhote, não aceitação de alimento e emagrecimento rápido, depois progredindo para os sintomas principais. Quanto mais novo o animal, mais agressiva será a sua manifestação, e maior o risco de óbito, devido a baixa imunidade. É uma doença extremamente contagiosa, passando facilmente de um cão para o outro, pois o vírus sai nas fezes do animal doente e permanece no ambiente por muito tempo, resistindo até a limpeza com desinfetantes. Sem tratamento ocorre quase 100% de óbito, mas com tratamento intensivo o filhote têm uma chance de se recuperar, ainda que o risco de vida permaneça.

A boa notícia é que há prevenção com a vacinação dos filhotes a partir de 45 dias de vida. Mas ainda nessa informação há muitos equívocos. O filhote só estará totalmente imunizado no final do esquema vacinal inicial (que totalizam 3 a 4 doses), então qualquer exposição que ele tiver ao vírus antes disso ele poderá se contaminar. Por isso orienta-se que o filhote só saia para passear na rua ou frequentar o banho e tosa quando completar suas vacinas. Além disso, tem se observado uma resposta ineficaz de algumas vacinas ao vírus (vacinas nacionais). Infelizmente elas não têm conseguido obter uma imunização adequada para os filhotes, fazendo com que muitos ainda contraiam a doença.

Então informe-se e previna seu filhote desta doença tão fatal, realizando vacinas de boa qualidade, e respeitando o período do esquema vacinal. E fique atento aos sintomas, a qualquer suspeita desta virose procure um Médico Veterinário, pois quanto antes iniciar o tratamento mais chances o seu pequeno terá!