A tradicional Feira da Uva de Igrejinha iniciou e quem gosta de consumir a fruta pode se deliciar com as que estão sendo comercializadas no Centro da cidade.
No momento, três produtores estão com bancas fixadas na rua coberta Ary Delmar Koppe e vendem as uvas pelo preço de R$ 5,00 o kilo. O evento acontece sempre na quarta-feira, das 12h às 19h, e no sábado, das 7h às 12. A previsão é de que a feira aconteça até o fim de fevereiro.
Ana Lucia Trentin, engenheira agrônoma da unidade de Igrejinha da Emater/RS Ascar, revela que neste ano há novidades no evento: foram instalados gazebos para abrigar os viticultores e seus produtos, além de existir a possibilidade de expandir o evento para a praça do bairro 15 de novembro, o que ainda deve ser confirmado nos próximos dias.
Com relação à colheita da uva e uma eventual perda em decorrência da falta de chuva, Ala Lucia comenta que até as chuvas que aconteceram na última semana não foi constatada uma perda significativa na uva, ao contrário das outras culturas em geral. “Nas demais frutas, a perda girou aproximadamente em 50%”, explana a engenheira agrônoma.
A feira é uma realização da Emater, em parceria com a Secretaria de Agricultura do município.
Uva não foi afetada pela seca, por outro lado, outras culturas são impactadas
Em Rolante, cidade conhecida pelo cultivo da uva, Janelise Wastowski, chefe do escritório da Emater/RS do município, cita constatadas pequenas perdas, mas a chuva veio na hora certa. “A maioria dos produtores está nos relatando que a seca não afetou tanto a uva”, explica. “Diferente de outras culturas como o milho, hortigranjeiros e pastagens, que foram bastante afetados”, complementa Janelise, reforçando o posicionamento de Igrejinha, que também está sofrendo com a seca.
Agricultora comenta
- Roseli Soares Lourenço, do sítio Grisa, participa da feira da uva há mais de 12 anos e também conta que apesar da chuva, a fruta não sofreu grandes perdas. “A uva não sofreu tanto, deu um pouco menos, mas deu uns cachos bonitos, não tivemos maiores problemas, a chuva veio na hora certa”, relata, fazendo referência ao momento de estiagem. Por outro lado, a agricultora conta que teve prejuízo nas outras frutas que cultiva em sua propriedade. “O que perdi mesmo foi nas ameixas. Tenho uva, mas também tenho um pomar de ameixa vermelha e pêssego. As ameixas perdi quase tudo. Em um pomar que tenho 100 pés, caiu todas as frutas no chão”, lamenta.
No total, Roseli revela que possui em sua propriedade cerca de 5.000 pés de uva.