Com contratação de traumatologista, Rolante assume pequenas cirurgias

Procedimentos de baixa e média complexidade serão feitos no hospital de Rolante (Foto: Arquivo JR)

Rolante – Para reduzir a fila de espera por consultas e cirurgias de baixa e média complexidade, a Prefeitura contratou um traumatologista. Ele atende pacientes desde fevereiro, na Fundação Hospitalar de Rolante.

Conforme o prefeito Pedro Rippel, o custeio do profissional e das consultas, inicialmente, é arcado pelo município em um valor de aproximadamente R$ 35 mil por mês. Em média, são realizados 40 atendimentos/mês. O profissional contratado é o cirurgião traumatologista e ortopedista, May Silveira. “Nosso hospital tem uma ótima estrutura e temos condições de buscar e dar esse atendimento, ampliando a especialidade. Temos moradores esperando por consulta e cirurgia há mais de ano e para não ficarmos esperando, decidimos investir recursos próprios nessa contratação”, comenta Rippel. O objetivo da gestão é conseguir fazer uma contratualização com o Governo do Estado para que Rolante seja referência na região. Atualmente, os atendimentos de média e baixa complexidade tem Parobé como referência. Se o contrato for firmado, Rolante também passa a receber recursos do Estado para manter esse atendimento e referência.

Tentar resolver a situação

O prefeito Rippel reconhece que não é obrigação do município arcar com investimentos da média e baixa complexidade, no entanto, acredita ser sua função tentar resolver os problemas da população. “Não é obrigação do município, mas devemos fazer o possível e o melhor para a comunidade. Nós estamos aqui para tentar resolver, não só por obrigação, mas por necessidade”, disse ele.

“A melhor decisão”

De alta complexidade e emergências, a referência é o Hospital de Pronto Socorro (HPS), de Canoas. O secretário de Saúde, Ricardo Gonçalves, explica que a contratação e consultas não incluem os casos mais graves, estes ainda necessitam da referência maior de Canoas. “Agora, as cirurgias de média e baixa, cuja referência é o hospital de Parobé, nós vamos atender. Hoje, temos liberados apenas cinco atendimentos por mês em Parobé e, para nossa demanda, é pouco”, disse ele, citando que o investimento de recursos do município foi a melhor decisão. “Temos situações de pacientes que acabaram agravando o quadro porque não tiveram a consulta e cirurgia logo”.

Reabilitar o paciente para retornar ao trabalho

O cirurgião May ressalta a importância do atendimento ágil para a população, assim como ressalta a alegria de estar atuando em Rolante. “Estou trabalhando aqui deste fevereiro e já realizamos algumas cirurgias de média e baixa complexidade e outras eletivas que estavam paradas – alguns pacientes aguardavam mais de ano. Temos, ainda, os atendimentos da ortopedia. Eles são importantes, pois reabilitam a maioria dos pacientes, trazem ele de volta ao trabalho. Sabemos que o município é voltado ao calçado, um trabalho repetitivo, e isso causa patologia, mas tem solução. Não somos mais obrigados a sofrer com essas doenças”, disse ele, acrescentando: “estou grato e satisfeito em poder atender a comunidade, e espero oferecer um bom trabalho”.