Coluna Poder: Eduardo Leite e Secretaria da Fazenda provocam um grande papelão

A grande trapalhada deste mês (e quem sabe do ano) vem do Palácio Piratini, mais especificamente, do governo de Eduardo Leite (PSDB). Após repercussão extremamente negativa do fim da possibilidade do parcelamento do IPVA 2020, o que foi anunciado na segunda-feira (4), foi necessário revisão e provocou um estrondoso recuo no governo gaúcho. É evidente que pesou para o anúncio temporário do fim da possibilidade de parcelamento do IPVA, o atual cenário das contas públicas do estado. Pois, conforme foi prometido na campanha de 2018 por Eduardo Leite, a meta era pagar em dia os servidores, no primeiro ano do governo, graças as medidas de fluxo de caixa e tirando o traseiro da cadeira. Dessa forma (arrecadando de uma tacada só o dinheiro do IPVA) o governo teria (hipoteticamente) recurso volumoso no caixa, já na arrancada do ano. Só que não. Rolou muita pressão política de entidades e, corretamente, Eduardo Leite voltou atrás e contradisse o próprio discurso do dia anterior.
Ou seja, pelo governo, os contribuintes poderão quitar o IPVA até abril – e não mais em janeiro –, com possibilidade de desconto de 3% pela antecipação do pagamento em dezembro, além de 3%, 2% e 1%, respectivamente, para quem pagar em janeiro, fevereiro e março. Imagine, leitor, se algum prefeito(a) aventureiro determinasse o pagamento do IPTU, em cota única, sem possibilidade de parcelar em quatro ou dez vezes! Certamente, seria fervorosamente criticado.