Cidades e hospitais do Paranhana detalham números de profissionais afastados devido à Covid-19

Situação dos EPI’S nas casas de saúde é considerada estável| Foto: Lilian Moraes

Região – Definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma pandemia desde o dia 11 de março de 2020, a doença causada pelo novo coronavírus toma proporções cada vez maiores na região.

Na linha de frente ao combate, profissionais envolvidos diretamente no enfrentamento precisam lidar com o desafio de atender os pacientes e também manter todos os cuidados para não serem contaminados. Entretanto, a realidade dos hospitais do Vale do Paranhana revela que mesmo tomando todos os cuidados, as equipes das casas de saúde também são afetadas com a doença.

A assessoria dos hospitais de Três Coroas, Igrejinha e Parobé afirma que desde o início da pandemia na região, em todas as instituições, casos envolvendo profissionais já aconteceram, no entanto, “é impossível confirmar o número de confirmados, pois está variando diariamente”, explica Renata Eidelwein, relações públicas das casas de saúde.

No Hospital Bom Jesus (HBJ), de Taquara, não há um levantamento total de casos, porém, a assessoria de imprensa da instituição reconhece que, atualmente, cinco funcionários estão afastados aguardando resultado e uma colaboradora teve o diagnóstico positivo confirmado para Covid-19.

Nas quatro instituições profissionais foram contratados para suprir os afastamentos. No HBJ também foi efetuado um redimensionamento dos funcionários em atividade, com a realização de horas-extra.

Secretarias apresentam número de casos em Rolante e Três Coroas

Nas cidades, as secretarias de saúde também detalharam seus números: em Rolante, a pasta responsável informou que já foram registrados inúmeros casos de profissionais afastados por suspeita. Atualmente, sete pessoas estão impossibilitadas (com sintomas e positivo), o que representa em torno de 6% do quadro do pessoal da saúde.

No município de Três Coroas, de acordo com a secretária Carla Müller, desde o início da pandemia cinco servidos municipais foram afastados por contraírem a doença na cidade. No momento, “apenas 2% dos funcionários encontram-se afastados em isolamento por sintomas ou confirmação positiva para o vírus”, disse Carla.

Cenário atual da pandemia em Taquara

Na cidade de Taquara, o secretário Vanderlei Petry explana como está o cenário atual da pandemia na cidade. De acordo com Petry, desde o início, 39 servidores municipais entre médicos, serventes, enfermeiros e agentes comunitários de saúde já foram afastados por conta da covid-19. “Atualmente, são 13 pessoas afastadas, o que pelas minhas contas representa 6% do grupo contratado”, conta. Como medida para que estes afastamentos não interferissem no trabalho desenvolvido pela secretaria, o município aprovou recentemente um projeto de lei na Câmara de Vereadores permitindo a contratação terceirizada de 900 horas médicas de clínica geral. “Esses médicos já estão trabalhando na descentralização gradativa do atendimento ao Covid, ou seja, não só no centro de apoio ao Covid, mas também alguma coisa em outras unidades. Relembrando que também essas contratações se dão para fazer com o centro de Covid junto ao SAMU. Ele funciona diariamente, incluindo sábado e domingo”, explica.

Medidas tomadas

A secretaria de saúde de Rolante informou que também tomou providências para que os afastamentos não interferissem no atendimento. Entre as medidas estão a contratação de profissionais e remanejamento de equipe sempre que necessário, priorizando os atendimentos no centro de triagem da COVID, montado no pórtico do Parque da Kuchenfest. Em Três Coroas, os atendimentos foram mantidos normalmente “conseguimos remanejar o quadro de funcionários conforme demanda”, pontua a secretária.

Protocolos seguidos

O cuidado com a higienização de ambientes também é um fator fundamental. Dentro dos hospitais, existem protocolos que são seguidos no intuito de diminuir ao máximo a circulação do vírus. No hospital de Taquara, os cuidados seguem às exigências da Nota Técnica nº 01/2018 GVIMS/GGTES/Anvisa, com relação às orientações gerais para higiene das mãos em serviços de saúde, orientando seus colaboradores periodicamente através do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar sobre a importância da higienização das mãos durante o seu turno de trabalho.

Já nas casas de saúde de Três Coroas, Igrejinha e Parobé, a assessoria de imprensa informou que cinco passos são realizados no processo de higienização das mãos: Antes do contato com o paciente; Antes da realização de procedimentos asséptico; Após risco de exposição a fluídos corporais; Após o contato com o paciente; Após contato com as áreas próximas ao paciente.

No que diz respeitos as técnica de limpeza dos ambientes, a assessoria dos hospitais ressalta que ela foi intensificada: as áreas críticas são limpas mais vezes e a equipe de higienização foi reforçada, além de serem adquiridos três aparelhos de ozonização para desinfecção de ambientes, usados nas áreas de atendimento da covid-19.