Caracterização ambiental de Rolante

Foto: Matheus de Oliveira

Rolante – Seja nas ruas do interior ou no centro da cidade, quem circula por Rolante tem a sensação de estar em contato direto com a natureza. Inserido em um bioma de Mata Atlântica, o município apresenta grande riqueza em biodiversidade. De acordo com o Inventário Nacional Florestal, elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente (2018), 31% do território é coberto por floresta natural.

A bióloga do município Drª Diouneia Berlitz elenca algumas das espécies de árvores que podem ser encontradas: “O palmiteiro, as bromélias e as orquídeas, corticeiras, dentre outras.” Em relação à fauna, cita que o município também apresenta uma grande diversidade, que pode ser visualizada na cidade. Pássaros, répteis, mamíferos de pequeno e médio porte, peixes, insetos, compõem a fauna da região. “Existem muitos locais no interior municipal que ainda são inexplorados, onde a vegetação é densa e muitas vezes o acesso é extremamente difícil, o que possibilita o abrigo para as espécies animais”, acrescenta.

Não é à toa que a cidade exala ar puro, já que a natureza está muito presente em espaços de convivência e lazer. E isso traz benefícios. Conforme a bióloga, a arborização é de extrema importância principalmente para manutenção do conforto térmico das pessoas e dos animais. “Além disso, as árvores urbanas, além de embelezar visualmente o ambiente em que estão inseridas, servem de abrigo e alimentação e nidificação para pássaros, insetos e até mesmo pequenos mamíferos. Nesse sentido, atualmente o Departamento de Meio Ambiente em conjunto com demais departamentos do setor público e privado, vêm trabalhando no Plano de Arborização Municipal, visando criar regramentos para a arborização, especialmente a urbana,” explica.

Tão importante quanto conhecer é preservar. E para trabalhar este aspecto com alunos da rede pública, o departamento de Meio Ambiente cuida de um espaço de produção de mudas, que é o Viveiro Municipal. Lá os estudantes aprendem sobre o processo de desenvolvimento de uma planta. “São realizadas oficinas apresentando as etapas da produção de mudas, desde a coleta das sementes, a semeadura nos canteiros dentro da estufa e o transplante para os saquinhos, onde a muda se desenvolve mais rapidamente”, conta Berlitz. Após isso, essas mudas são utilizadas em projetos ambientais do departamento e também para doação à população que tenha interesse em plantar em sua propriedade.