Cachos de uva de todos os sabores esperam igrejinhenses na Rua Coberta

Uvas são colhidas poucas horas antes de serem comercializadas. Fotos: Matheus de Oliveira

Igrejinha – Seja qual for a preferência do paladar, a Feira da Uva de Igrejinha é uma boa alternativa para quem deseja comprar a fruta. O evento acontece desde o início de janeiro ao lado da praça Dona Luiza, no Centro, na Rua Coberta. Posicionados em seus estandes, os produtores comercializam uvas, sucos, vinhos e geleias todas as quartas-feiras das 12h às 19 horas e aos sábados, das 7h às 12 horas.

O viticultor Plínio Wolf relata que percebe uma redução no movimento deste ano em comparação com outras edições. “Está vindo muita uva de fora para as fruteiras e lá acaba sendo menor o valor, mas a diferença é que não é uva fresca”, observa. Ele garante que todos os cachos à venda em seu estande são colhidos horas antes ou, no máximo, no dia anterior. Plínio cultiva seu parreiral em um terreno às margens da estrada de Serra Grande. Entre os tipos vendidos na feira, ele elenca Niágara Branca, Niágara Rosa, Francesa e Isabel.

Quem faz carreira como vendedor na feira é José Ricardo Muller, que participa há cerca de 12 anos do evento. Seu parreiral é cultivado no bairro Viaduto, na rua Plínio Salgado.

O preço praticado era de cinco reais por quilo no último sábado (16), em todas as bancas. O valor, que pode ter variações, é tabelado e vale para os quatro produtores que vendem no local.

Secretário projeta melhorar a estrutura 
O evento é realizado pela Emater e conta com a parceria da Secretaria Municipal de Agricultura. À frente da pasta, o secretário Neimar Parreira avalia que, devido à sua importância, a feira precisa ter participação do poder público. “Ela é tradicional neste período e sempre tem dado bons resultados. É algo que tem que ser incentivado para cada ano potencializar mais, dando melhores condições”, pontua. Neimar contextualiza que neste ano a secretaria, que era incorporada pela pasta de Obras, foi reativada e o objetivo é dar mais atenção ao agricultor, “principalmente o produtor rural, o feirante”, diz. A Feira da Uva deve se estender até o fim de fevereiro.

Comerciantes e secretário comentam

Neusa Eliane Hack, comerciante
“Vendo aqui para o meu irmão, que tem parreiral em Três Irmãos. Ficamos um tempo sem participar da feira, mas este ano voltamos. Sábado passado tinha mais movimento, mas mesmo assim não dá pra reclamar.”

José Ricardo Muller, comerciante
“Desde que tenho uvas participo da feira. Em comparação com outros anos, até que tá bom o movimento. Para venda, além das uvas, também tenho suco. Ano passado não tinha por causa da estiagem.”

Neimar Parreira, secretário de Agricultura
“Precisamos a cada ano melhorar. Para 2022 queremos uma feira ainda melhor, com mais estrutura para termos mais feirantes. Hoja são cerca de 18 parreirais em Igrejinha.”