Pouco mais de um ano após a abertura das comportas da barragem das Laranjeiras, no limite entre Três Coroas e Canela, é possível perceber algumas mudanças no cenário desde o esvaziamento ocorrido no dia 20 de outubro de 2020.
Na época, a ação ocasionou a morte de milhares de peixes e gerou alguns transtornos com relação ao abastecimento da água na região. Assim como um desencontro de informações sobre quem seria responsável pela barragem.
Atualmente, a estrutura segue desativada e é possível perceber que a vegetação toma conta de uma área que antes era tomada por água.
Após o episódio, segundo a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), empresa responsável pela estrutura, foram realizadas algumas obras emergenciais “para garantir a segurança da estrutura, que agora não oferece risco”, afirma a companhia através da sua assessoria de imprensa.
Ainda de acordo com a CEEE, há outras obras previstas, como a instalação de drenos e de instrumentos de monitoramento. A necessidade de outras intervenções na estrutura da barragem será analisada por uma empresa que está sendo contratada para executar os serviços.
Futuro da barragem depende do processo de privatização da CEEE
Questionada sobre os planos da companhia para o futuro da barragem, a empresa deixou claro que tudo depende do processo de privatização que está acontecendo e tem leilão programado para acontecer no que vem. “A CEEE Geração (e todos os ativos da Companhia, o que inclui a barragem de Laranjeiras) está em processo de desestatização. O edital deve ser publicado pelo Governo do Estado em dezembro e o leilão está previsto para janeiro”, esclarece.
Defesa Civil acompanhando
- O município de Três Coroas está acompanhando a situação do local realizando o monitoramento periódico e efetuando as cobranças necessárias. Contudo, Augusto Dreher, responsável pela Defesa Civil do município, destaca que a barragem não apresenta problemas em sua estrutura e relembra os resultados dos estudos realizados na época da abertura das comportas. “Os estudos que foram realizados na época apontaram que mesmo com um eventual rompimento na barragem, não aconteceria nada aqui para baixo”, explica Dreher. Segundo o responsável pelo órgão, no momento ele aguarda a disponibilização de um Plano de Ação e Emergências (PAE) por parte da CEEE. Este documento faz parte de um programa de gerenciamento de riscos e apresenta orientações sobre a estrutura, a partir de conhecimentos de especialistas no assunto. A CEEE informa que está em fase final de contratação de consultoria para a elaboração do PAE e do Plano de Segurança de Barragens, além da revisão periódica de segurança da Barragem de Laranjeiras. O PAE deve ser entregue em junho de 2022.