Há mais de cinco anos vivendo exclusivamente do artesanato, Andrielli Nesi, moradora do bairro Alexandria, resolveu usar do seu dom para fazer o bem em Parobé. Em 2021, a jovem artesã colocou em prática uma ação idealizada ainda no ano passado, mas que não pôde ser realizada por conta da pandemia: o projeto Amor de Lã.
A iniciativa consiste na produção de toucas, confeccionadas com matéria-prima doada pela comunidade, que serão doadas a três lares de idosos do município. “Como iniciei ano passado, mesmo não podendo entregar, fui fazendo com algumas doações que recebi ainda em 2020”, conta.
Andrielli relembra como surgiu a ideia do projeto e exalta a importância do artesanato para a vida de muitas pessoas. “Eu sou uma pessoa que gosto muito de ajudar as pessoas. Já dei aula de artesanato para o pessoal do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e já presenciei o quanto essa arte pode ser importante na vida das pessoas, tirando muitas da depressão e ajudando de diversas formas”, relata. “Pensei nos asilos porque os idosos sofrem ainda mais com o frio. Estão sempre precisando de uma proteção a mais. No ano passado, uma amiga minha doou luvas e, a partir disso, eu pensei que poderia fazer toucas”, explica.
Conforme a moradora de Parobé, no total, são 65 idosos que moram nos lares de acolhimento e ficaram de receber as toucas. Para isso, doações de lã ou valores em dinheiro estão sendo arrecadadas.
Como ajudar?
Interessados em contribuir com o projeto Amor de Lã podem entrar em contato com a própria Andrielli, através do telefone (51) 996580346 para combinar uma forma de ela buscar as doações. Outra possibilidade é a entrega do material, que pode ser efetuada na Casa do Artesanato, localizada na praça Primeiro de Maio, no Centro da cidade, durante as sextas-feiras.
Voluntária na sua essência
As ações sociais fazem parte da vida da artesã enquanto munícipe. Não é a primeira vez que Andrielli contribui através do seu dom. Há aproximadamente quatro anos, ela foi aluna de cursos oferecidos pela cidade por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e, através do conhecimento adquirido, deu aulas gratuitas de culinária, ensinando a fazer bolos, doces e etc. “Como eu ganhei essa qualificação, nada mais justo do que dar essas aulas de graça também. A Prefeitura entrava apenas com o material necessário”, relembra.
No ano passado, em novembro, dentro de uma ação em alusão ao Novembro Roxo – mês que debate a prematuridade – juntamente com um grupo de voluntárias, participou do ato de entrega de 60 “polvinhos” de crochê doados ao Hospital São Francisco de Assis, de Parobé, para presentear os bebês prematuros nascidos na instituição.