Armindo Lauffer: fonte inesgotável de histórias

Já é possível visualizar mudanças no prédio Foto: Lilian Moraes

Janelas estão recebendo uma nova pintura, que preserva suas características originais Foto: Lilian Moraes

No ano em que Três Coroas completa 64 anos de emancipação, o Museu Municipal Armindo Lauffer – imponente símbolo da cidade – recebe um trabalho de reforma e restauração que deve colocá-lo novamente em funcionamento.
Através de uma união de esforços, o município buscou por meio do Governo do Estado um recurso de R$ 568.157,80, viabilizado pelo Programa Avançar no Turismo, que facilitou o início das obras e garante, junto com uma contrapartida do município, a completa reestruturação do prédio. “Sem essa parceria, acredito que Três Coroas poderia fazer apenas uma manutenção. Com recursos próprios, não conseguiríamos fazer o que hoje estamos fazendo, por exemplo”, contextualiza o prefeito Alcindo de Azevedo.
O chefe do Executivo ainda afirma que a restauração tem o objetivo de preservar as memórias da cidade. “Eu sempre digo: essa é a nossa cultura. O passado de muitas pessoas que trabalharam pelo nosso município”, salienta.

Previsão de entrega e detalhes do trabalho

Azevedo ainda conta detalhes da obra e revela a previsão de entrega da obra. “Fizemos banheiros novos, mas a estrutura do museu permanece a mesma. Como ele estava não tinha mais condições, porque o prédio sofria com infestação de cupim e morcegos… foi feito um trabalho de dedetização também”, explica o prefeito. “Então, agora, com essa restauração, queremos deixar ele ainda mais bonito para receber os visitantes e os turistas que vêm para Três Coroas. A previsão é de que em julho a obra seja entregue, para assim começarmos a trabalhar no restauro e catalogação do acervo, do qual, inclusive, estamos muito bem servidos”, complementa o prefeito três-coroense.

Fragmentos da história do prédio

Em meio à restauração, o primeiro telefone usado em Três Coroas segue intacto Foto: Lilian Moraes

O prédio que abriga o museu foi construído em 1856 e serviu de casa de comércio até 1930, segundo registros históricos. Quarenta e quatro anos depois, o historiador Armindo Lauffer transferiu os itens de sua coleção para a edificação.

Clarise Elisa Moeller, historiadora do município, relembra o ano em que o espaço foi aberto ao público. “Em 1985, o museu foi realmente inaugurado, com todas as ‘pompas’ dignas desse trabalho maravilhoso do seu Armindo Lauffer. Só que ele, infelizmente, já tinha falecido”, cita Clarise. “Hoje em dia, nos orgulhamos em mostrar o que ele garimpou pelas redondezas e nós podemos reviver o trabalho e os hábitos dos nossos antepassados. É um grande orgulho termos esse museu que, agora, está sendo reformado e vai ficar lindo”, finaliza.

Conforme a historiadora, a coleção que atualmente compõe o acervo é constituída por moedas, roupas, instrumentos de trabalho, itens de cozinha e demais objetos utilizados na época.