Apesar da bandeira vermelha, região opera com protocolos mais flexíveis

Por Matheus Oliveira

Região – O Governo do Estado deu aval para que a região adote protocolos mais brandos no funcionamento do comércio e de alguns segmentos do setor de serviços, apesar da bandeira vermelha. As regras do plano local de enfrentamento à pandemia foram definidas em conjunto pelas prefeituras de Igrejinha, Parobé, Rolante, Taquara, Três Coroas e São Francisco de Paula – que, junto com Cambará do Sul e Riozinho, compõem a Região 06 do modelo de distanciamento controlado estabelecido pelo Executivo Estadual.

Com exceção de Riozinho, os Municípios do Vale do Paranhana já emitiram decretos para oficializar a adesão ao modelo de gestão compartilhada, que só tem validade mediante a indicação de alto risco do modelo estadual. Quando a região estiver enquadrada nas bandeiras amarela, laranja ou preta, valem as regras estabelecidas pelo governo gaúcho. Em linhas gerais, o que mudou para o Paranhana diz respeito aos horários de funcionamento de restaurantes e lancherias e a possibilidade de atendimento presencial no comércio.

 

Modelo Regional

Restaurantes e lancherias podem exercer suas atividades até as 23 horas, obedecendo o critério de lotação de 50% da capacidade e o distanciamento físico. Os comércios manterão atendimento presencial dentro dos estabelecimentos, com restrição de um atendente por cliente.

Ocupação dos Hospitais

Um dos argumentos apresentados pelos prefeitos foi a estabilização nos indicadores de ocupação de leitos e respiradores na Região 06. Dados da Secretaria Estadual da Saúde, atualizados na tarde de quarta-feira (19), indicam ocupação de 75% das 20 unidades de terapia intensiva dispostas para a região. Dos 20 respiradores, 45% estão em utilização. Os leitos clínicos dispostos a pacientes com coronavírus somam 103, dos quais 40 estão em utilização, o que representa 38.8% de ocupação.

Outros argumentos dos gestores são: o fato de que as cidades da região possuem baixa densidade populacional; as limitações em horários de funcionamento seriam causa de aglomerações durante o período em que havia permissão de operação; e o baixo índice de munícipes que utilizam o transporte público.

Os setores e atividades não flexibilizadas pelo plano local devem seguir os protocolos estabelecidos pela bandeira vermelha.