Altos índices de chuva prejudicam os trabalhos de rua em Igrejinha

Serviço de desassoreamento evitou inundações na cidade. Foto: Arquivo/JR

Igrejinha – O tempo úmido e as constantes chuvas que marcaram os últimos meses não são empecilho somente para secar as roupas no varal. Os serviços de rua prestados pela Secretaria de Obras de Igrejinha para a comunidade também têm sido prejudicados pela falta de sol. Na média simples desde março, são mais dias com chuva do que com céu aberto dentro de cada mês.

O volume acumulado de chuva nos últimos quatro meses é de 741 milímetros, conforme monitoramento da Defesa Civil de Igrejinha. No mesmo período em 2021 o município registrou 494 milímetros, e 285 milímetros em 2020. “Isso afeta serviços como recolhimento de entulhos, roçada, e também cria mais problemas no asfalto com abertura de buracos”, diz o secretário de Obras e Trânsito Valdecir Schroer (Nico).

Os serviços de rua seguem um cronograma, conforme Nico, começando em um bairro e terminando em outro, mas o mau tempo atrasa o roteiro de trabalho, pois as máquinas precisam ser retiradas da rua em casos de precipitação. “Agora ainda temos mais serviço porque é época de poda, então temos que concentrar o maquinário nisso”, acrescenta o secretário.

Município conta com cinco pontos de monitoramento dos índices de chuva

São quatro pluviômetros e uma estação hidrológica que ajudam a Defesa Civil no monitoramento das chuvas. Os equipamentos estão instalados nos seguintes pontos: um na escola João Darci, no bairro Bom Pastor; um na escola Almiro Grings, na Morada Verde; um na Capela Mortuária do bairro Cohab e outro no Cemae, bairro Anita Garibaldi. A estação hidrológica fica na ponte da Morada Verde e mede o nível do Rio Paranhana, além de monitorar a chuva.

Sobre o trabalho de prevenção
A coordenadora da Defesa Civil de Igrejinha, Alessandra Azambuja, destaca que o trabalho de mitigação e prevenção de desastres evitou graves problemas relacionados ao alto índice de chuva. “Por conta do desassoreamento do Rio Paranhana, ficamos sem risco de transbordamento. Teríamos graves problemas se isso não tivesse sido feito”, frisa. E esse trabalho precisa ser constante, lembra, pelo fato da correnteza transferir volumes de terra de um lugar para outro.

Ela acrescenta que o sistema de monitoramento foi instalado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e funciona 24 horas. “Ele serve de salvaguarda. Temos uma quota de nível de alerta para dar alarme à população. Fazemos isso pela leitura da lâmina da água do rio”, conclui.