Agroindústrias: papel fundamental no desenvolvimento de Rolante

Na agroindústria são produzidos, pães, cucas, massas e muito mais Foto: Lilian Moraes

Sinalização e jardim florido apresentam a agroindústria da Dona Verônica Foto: Lilian Moraes

Ora como uma alternativa de fonte de renda, ora como um modo de colocar em prática paixões que perduram por anos. Seja qual for os motivos pelos quais são iniciadas, as agroindústrias colocam em evidência a importância da agricultura familiar e da preservação de tradições em benefício do desenvolvimento local.
Em Rolante, este tipo de empreendimento é um dos pilares da economia e tem uma atenção especial de órgãos como a EMATER RS/Ascar.

Janelise Wastowski, chefe do escritório municipal, ressalta a importância da execução de políticas públicas para o desenvolvimento das agroindústrias na cidade. “Quando foi tomada a decisão de ter um incentivo a transformação de produtos, de processar a matéria prima dentro das propriedades, ela foi muito importante. Isso porque acaba agregando valor ao produto e aumentando a renda das famílias e, consequentemente, as famílias têm mais condições de melhorar a infraestrutura das propriedades”, pontua. “E a infraestrutura melhorada é uma das condicionantes para os jovens permanecerem no meio rural. Então, no momento que os jovens sentiram que eles podem ter uma vida melhor trabalhando na propriedade, transformando o seu produto, agregando valor e vendendo, eles acabam tomando a decisão de ficar e continuar com essa propriedade. O que no fundo gera a sucessão rural, que é de extrema importância”, finaliza.

Atualmente, são 15 agroindústrias registradas na cidade e que produzem os mais variados produtos, desde processamento de uva para sucos e espumantes até pescados, embutidos e panificados. A agroindústria Verônica Montemezzo, que produz massas, cucas e panificados, situada na localidade de Boa Esperança, é um dos cases de sucesso deste leque de opções existentes no município.
Fundado há seis anos, o empreendimento nasceu da paixão da Dona Verônica em fazer pães e cucas. “Eu sempre gostei. Trabalho desde que eu casei e morando aqui na comunidade e ajudando nas festas. E aí eu via que tinha futuro. Muitos procuravam o nosso pão e cuca, por isso eu pensei em fazer um cantinho para nós. Até hoje eu lembro que no início eu queria um lugarzinho de 20mt² e aí o pessoal da EMATER veio aqui, identificou que existia a possibilidade de crescer por estarmos em roteiro turístico e acabou que construímos um local com 80mt²”, conta Verônica.

Hoje, a agroindústria Verônica Montemezzo é administrada pela Dona Verônica, que conta com a ajuda de um dos seus filhos e nora. O que é exaltado pela empreendedora. “A ajuda deles é muito importante. Hoje em dia é quase incomum ver jovens optando por voltar para o interior para trabalhar e eles fizeram isso. Agradeço a Deus todos os dias”, relata, com um largo sorriso no rosto.

Registradas pela região

Nas cidades de abrangência do Repercussão Paranhana, de acordo com números disponibilizados pelos municípios, são 20 agroindústrias regularizadas no total. Rolante soma o maior número, com 15. Em Três Coroas, segundo o extensionista rural João Alberto Rocha, da EMATER/RS – Ascar, existem duas regulamentadas e outras três estão em processo de registro. Já em Igrejinha, uma agroindústria está registrada no momento. Assim como em Riozinho e Taquara. Conforme o secretário de Agricultura e Interior, João Carlos de Brito, a Prefeitura de Taquara está trabalhando na regulamentação de mais agroindústrias na cidade. Na cidade sede do Grupo Repercussão, Sapiranga, são 14 no total.
Até o fechamento desta edição, a reportagem não conseguiu contato com Parobé.