Três Coroas – A abertura da comporta da Barragem das Laranjeiras, situada entre Três Coroas e Canela, foi motivo de preocupação para os moradores de Três Coroas. Ao longo de terça-feira (20), imagens de peixes mortos e do Rio Paranhana tomado por uma substância escura inundaram as redes sociais. A situação causou desabastecimento em todos os bairros da cidade por algumas horas, já que, segundo a Corsan, a turbidez da água atingiu índices elevados e impediu o tratamento.
O esvaziamento da barragem, que teve início no sábado (17), faz parte do plano de ação da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT) para restaurar a estrutura. No entanto, o impasse fica por conta da falta de informações sobre o que iria ocorrer e os impactos sobre a fauna. A Prefeitura divulgou nota afirmando que “não foi informada sobre a data de abertura das comportas” e que “está acompanhando atentamente a situação.”
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) informou que “a intervenção foi uma medida pontual e emergencial” para que a CEEE pudesse avaliar as condições estruturais da barragem, que foi construída na década de 60 e está desativada desde então.
“Estamos tomando atitudes”
A secretária municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Eliane dos Santos, diz que também não foi informada da data em que seria feita a abertura das comportas. Reforçando que toda situação é de responsabilidade do governo do Estado, a secretária observa que “isso, mais cedo ou mais tarde, teria que ser feito. Quando se abre uma barragem para fazer limpeza, acontece isso mesmo”, ponderou. “Essa mortandade é uma coisa que, lamentavelmente, é o processo para poder trazer mais segurança para a comunidade, para não correr o risco de romper (a barragem)”, observou. Eliane afirma que a secretaria está tomando atitudes necessárias.
Lodo acumulado no fundo da represa se dispersou e foi visto ao longo de todo leito do rio
Conforme a Sema, com o esvaziamento, o leito do Rio Paranhana está arrastando grande quantidade de lodo – que estava acumulado no fundo da represa. Foi este lodo que impediu temporariamente a captação e tratamento de água, conforme a secretaria