Hospital de Taquara: Um olhar de quem acompanha o dia a dia há mais de 10 anos

Taquara – Muitas dificuldades e alegrias já foram vivenciadas dentro do Hospital Bom Jesus por Roberto Rangel. Há mais de 10 anos trabalhando na instituição, o coordenador de almoxarifado falou ao Jornal Repercussão sobre suas impressões, seu dia a dia e memórias colecionadas .

Na avaliação do profissional, o hospital teve avanços importantes nos últimos anos. “Recebemos muitas mensagens dos pacientes da oncologia, que é a especialidade em que somos referência, falando que estão muito gratos. É uma área muito delicada. Falando como taquarense, se olhar o hospital de hoje em comparação com anos atrás, demos um passo muito grande”.

Do pânico à paixão por trabalhar dentro do hospital
Ao longo dos anos, muitas histórias foram escritas e amigos conquistados. Entre as lembranças, Roberto cita o dia em que ajudou a salvar a vida de um homem. “Uma vez ajudei um homem que estava muito preocupado e que não estava recebendo atendimento. Entrei em contato com enfermeiro, falei com um médico amigo e descobrimos que o paciente estava com água no pulmão. A mulher dele toda vez que me encontra diz que eu sou o anjo da vida dele. O médico disse que se ele ficasse mais dois dias daquele jeito iria virar uma pneumonia e seria o fim. São pequenos gestos pelo paciente que está ali no desespero que fazem toda a diferença, uma ajuda, um medicamento, uma palavra de conforto”, conta.

A trajetória de Roberto é de alguém que tinha pânico de hospital para alguém que quer terminar seus dias de trabalho dentro de um. “Na primeira semana aqui eu quis correr. Não foi fácil ver gente chegando na ambulância, pessoas entubadas numa UTI e procedimentos cirúrgicos. Sofri muito para me adequar e me apaixonar por isso aqui. A cada dia temos um desafio novo”, conclui.